*Marion e Sua Vida*

Cantar em uma banda me ensinou sobre trabalho em equipe mais do que qualquer outra atividade. Em uma banda todos têm que estar em sincronia, atenção a sua função e a função dos ouros integrantes.  Não há outro jeito de uma banda fazer uma música soar bem, individualismos aqui não tem lugar. Todos estão no mesmo patamar e todos possuem o mesmo objetivo: Fazer a música acontecer! Há 4 anos a minha rotina é ensaiar para realizar 2 shows por ano na escola de música. São ensaios semanais com 3 horas de duração, mais uma hora de aula individual com o professor. É uma delícia, mas requer muito estudo e comprometimento de todos. Nada adianta a maioria estudar a música e um chegar ao ensaio totalmente despreparado. Não sai nada, pois não há mágica. Só fica bom com muito ensaio.  Nos ensaios vamos aprendendo a trabalhar em equipe e aprendemos que cada um tem seu ritmo de aprendizado e que cada música representará níveis diferentes de dificuldades para cada um de nós. Apre...

Faz 24 anos que não ouço a voz do meu pai. 24 anos que não vejo o seu sorriso ou que escutamos música juntos.  O meu maior medo quando ele morreu, era esquecer de sua voz. Naquele tempo ter vídeo de alguém não era algo tão fácil como é hoje. Mas o tempo mostrou que o medo era infundado, pois continuo sabendo exatamente como era a voz dele e o seu sotaque.  Lembro de cada detalhe de como era o meu pai e o motivo é bem mais simples do que eu podia sequer imaginar na época em  ele se foi.  A verdade é que ele nunca me deixou, ele sempre está presente em mim, em meus pensamentos e na pessoa que sou. Ele faz parte de mim. Não há um dia que não me pegue lembrando dele. Não preciso do calendário para me fazer lembrar dele, não preciso de dias como o de hoje, dia dos pais, para pensar nele.   Mesmo assim, acho bem positivo termos datas fixas para celebrar pessoas importantes para nós, como pai e mãe.  A vida de hoje é insana, as pessoas não pára...

O desafio da folha em branco às vezes paralisa. Ando assim há um bom tempo, com saudades de escrever, mas sem inspiração ou pique.  Nem acredito que houve uma época que eu escrevia aqui cinco vezes por semana!  Queria ter novamente esta disciplina. Mas sei que uma vontade irreal, pois aquela blogueira de antes já não existe mais aqui em mim.  O tempo passa e a gente muda. Isso é inegável.  A vida, os acontecimentos ou mesmo nossas próprias reflexões vão nos fazendo mudar aos poucos. Muitas vezes nem percebemos as pequenas mudanças, notamos mesmo quando estes pequenos ajustes que sofremos juntam-se e viram algo mais palpável.  Claro que penso também se não é coisa da idade. Isso também é uma coisa inegável, a gente envelhece e perde paciência para muita coisa e ganha paciência para outras tantas.  Neste quesito eu ando bem, aprendi a abstrair muita coisa. Nem sei se dá para chamar isso de paciência, talvez não seja o termo correto. Mas tenho apren...