Vida de Pedestre
Eu sou pedestre na maior parte do tempo. Ando do meu prédio até o ponto de ônibus e quando chego perto do trabalho ando do ponto até o local de trabalho. Quando tenho tempo desço alguns pontos antes e aproveito para fazer uma caminhada mais longa. Ando bastante pelo meu bairro, onde tenho a facilidade de ter tudo perto, de bares à supermercados.
Gosto de caminhar, mas a vida de um pedestre aqui em São Paulo é em geral complicada. Primeiro pela má qualidade das calçadas. O calçamento raramente é uniforme, há vários buracos, o que pode provocar acidentes em um pedestre desatento. Além disso sempre há muitos obstáculos, que dificultam o trânsito das pessoas. As calçadas por aqui já são estreitas e passar por uma calçada que tenha uma banca de jornal, um ponto de táxi ou uma dessas lixeiras enormes de condomínios é algo incômodo. E dependendo do tamanho da banca de jornal, não raro,é necessário passar pela rua.
Uns dos maiores perigos das ruas paulistanas é o cocô de cachorro. Se bobear, fácil fácil o pedestre tem o sapato carimbado. É um absurdo como muitos donos levam seus cachorros para passear e não recolhem os cocôs. Sempre vejo na rua a pessoa indo embora e deixando a herança do cãozinho na calçada. Muita falta de educação.
Além dos obstáculos fixos o pedestre tem que estar atento aos obstáculos móveis que sempre parecem em seu caminho: ciclistas e outros pedestres. Perdi a conta das vezes que quase fui atropelada pela bicicleta do entregador de água. Estes caras andam de forma desgovernada não se importando com os pedestres. Nem ao menos buzinam! Ah, e os pedrestes? Tem de todo o tipo. Os que andam rápido e vão atropelando os outros trauseuntes, os que andam em câmera lenta e vão atravancando o caminho, os que param no meio da calçada para conversar e os que andam em bando não deixando espaço algum para os outros passarem.
Eu geralmente ando rápido e confesso que fico impaciente quando tem gente muito devagar na minha frente, ainda mais os que andam em zig-zag e dificultam a ultrapassagem. Mas acho mesmo que o pior de tudo para um pedestre é o momento de atravessar a rua. Primeiro porque não se pode confiar apenas no farol vermelho, pois muitos motoristas não param no sinal. Eu só atravesso uma rua depois de me assegurar que os carros pararam mesmo. E outro problema de atravessar a rua é o pouco tempo que o farol fica aberto para o pedestre. Em algumas avenidas é necessário ter condicionamento de atleta para conseguir alcançar a outra calçada antes do farol abrir.
A vida de pedestre é um tanto difícil, mas há sinais de melhoras, tímidos ainda, mas já é uma esperança. Algumas calçadas estão sendo padronizadas, ficando com calçamento uniforme e com aparência bonita e há o projeto de colocar nas ruas os sinais de pedestres como os do Aeroporto de Guarulhos, onde há uma contagem regressiva em cima do bonequinho verde, indicando quanto tempo ainda resta para atravessar a rua. Isso vai ajudar muito, pois aqui o sinal abre para os carros e eles já avançam, sem se importar se tem gente atravessando a rua.
Mesmo com estas dificuldades eu gosto de andar pelas ruas da cidade, coloco o fone de ouvido e sigo meu caminho ao som das músicas que mais gosto, curtindo a paisagem e pensando na vida.
Gosto de caminhar, mas a vida de um pedestre aqui em São Paulo é em geral complicada. Primeiro pela má qualidade das calçadas. O calçamento raramente é uniforme, há vários buracos, o que pode provocar acidentes em um pedestre desatento. Além disso sempre há muitos obstáculos, que dificultam o trânsito das pessoas. As calçadas por aqui já são estreitas e passar por uma calçada que tenha uma banca de jornal, um ponto de táxi ou uma dessas lixeiras enormes de condomínios é algo incômodo. E dependendo do tamanho da banca de jornal, não raro,é necessário passar pela rua.
Uns dos maiores perigos das ruas paulistanas é o cocô de cachorro. Se bobear, fácil fácil o pedestre tem o sapato carimbado. É um absurdo como muitos donos levam seus cachorros para passear e não recolhem os cocôs. Sempre vejo na rua a pessoa indo embora e deixando a herança do cãozinho na calçada. Muita falta de educação.
Além dos obstáculos fixos o pedestre tem que estar atento aos obstáculos móveis que sempre parecem em seu caminho: ciclistas e outros pedestres. Perdi a conta das vezes que quase fui atropelada pela bicicleta do entregador de água. Estes caras andam de forma desgovernada não se importando com os pedestres. Nem ao menos buzinam! Ah, e os pedrestes? Tem de todo o tipo. Os que andam rápido e vão atropelando os outros trauseuntes, os que andam em câmera lenta e vão atravancando o caminho, os que param no meio da calçada para conversar e os que andam em bando não deixando espaço algum para os outros passarem.
Eu geralmente ando rápido e confesso que fico impaciente quando tem gente muito devagar na minha frente, ainda mais os que andam em zig-zag e dificultam a ultrapassagem. Mas acho mesmo que o pior de tudo para um pedestre é o momento de atravessar a rua. Primeiro porque não se pode confiar apenas no farol vermelho, pois muitos motoristas não param no sinal. Eu só atravesso uma rua depois de me assegurar que os carros pararam mesmo. E outro problema de atravessar a rua é o pouco tempo que o farol fica aberto para o pedestre. Em algumas avenidas é necessário ter condicionamento de atleta para conseguir alcançar a outra calçada antes do farol abrir.
A vida de pedestre é um tanto difícil, mas há sinais de melhoras, tímidos ainda, mas já é uma esperança. Algumas calçadas estão sendo padronizadas, ficando com calçamento uniforme e com aparência bonita e há o projeto de colocar nas ruas os sinais de pedestres como os do Aeroporto de Guarulhos, onde há uma contagem regressiva em cima do bonequinho verde, indicando quanto tempo ainda resta para atravessar a rua. Isso vai ajudar muito, pois aqui o sinal abre para os carros e eles já avançam, sem se importar se tem gente atravessando a rua.
Mesmo com estas dificuldades eu gosto de andar pelas ruas da cidade, coloco o fone de ouvido e sigo meu caminho ao som das músicas que mais gosto, curtindo a paisagem e pensando na vida.
também acho muita falta de educação não recolher a caca do cachorro. uma vez - pasmem - vi uma senhora dentro do shopping olhando pro lado e se fingindo de desentendida enquanto seu totó largava seu presentinho no azulejo. absurdo!
ResponderExcluir:*
o projetop desses sinais existe, mas talvez so em avenidas muito movimentadas ele seja implantado... odeio ter q andar as vezes por aqui por vc tem o triplo de atençao em nao pisar em xixi e em coco dos queridos totos. Adoro cachorrro mas acho q se vc o tem pq nao cuidar? MAs tb deixo aqui minha reclamaçao de motorista que tb nao é facil.. o iptu e o ipva q pago so esta servindo p; algo q nao sei pq as ruas de moema tao cada vez mais parecendo com rali e estrada de terra, irregulares e com muitos buracos!!!
ResponderExcluireu sinto muita falta de morar no bairro que morei na infância e adolescência porque tb fazia tudo a pé por lá. era muito bom. eu e meu pai sempre comentamos que a cidade é toda estruturada para os carros. que os pedestres e animais ficam totalmente sem opção. acho vergonhoso. pensava isso quando viajei pra serra negra. há várias lombadas, mas raríssimas passarelas para a população das cidades atravessarem. eu gostei que a prefeitura começou a cuidar das calçadas, pq andam vergonhosas mesmo. para minha mãe é um transtorno maior ainda já que ela enxerga muito pouco. sabia que mudaram a lei e as bancas serão obrigadas a reduzir de tamanho? eu acho coerente. algumas ocupam totalmente a calçada. na questão do cocô do cachorro acho que tem melhorado pq tem aparecido campanhas pra que levem pazinha e sacolinha pra pegar o cocô. parece que no rj há muita pra quem não colocar no saquinho. aqui poderiam fazer o mesmo. e esses entregadores andam de bicicleta sem capacete, o que é proibido. eu sou da que anda rápido, mas procuro não atropelar ninguém, reduzo se tem alguém mais lento na minha frente. e espero uma forma de passar sem atropelar. acho uma falta de educação sair esbarrando nas pessoas nas ruas. como falei da minha mãe, ela atravessa devagar. ela teve q mudar de farol na rua em que mora pq o outro fechava rápido demais. depois que as calçadas foram reformadas eles pretendem obrigar que cada um cuide da sua e será uma lei. quem sabe funciona. acho que estabelecimentos tinham que cuidar mesmo. agora, gente sem recursos, não sei como vai ser. eu, como disse, sinto falta de andar pelas ruas. onde moro atualmetne é muito perigoso em todos os sentidos. beijos, pedrita
ResponderExcluirPatry, as calçadas aqui na França também sao muito ruins. Falo por Marselha: é muito sujo, com muito coco de cachorro, papeis, chicletes. As pequenas ruas com pouco movimento, tem cheiro de xixi (e também perto dos grandes lixos de coleta seletiva e atras de uns monumentos).
ResponderExcluirPor ser um lugar muito antigo, onde antigamente nao haviam carros, e hoje tem que ter carros e pedestres, existem umas ruas onde eu juro pra vc que a calçada nao mede mais do que 40cm..minusculas! Nem sonhando que da pra passar com um carrinho de bebe ou uma cadeira de rodas. E isso de sujeira existe em todos os lugares por aqui.. Paris, "cidade luz", vira cidade coco se vc nao prestar atençao.
Uma coisa que eu nao gosto no sinal é quando tem o "homenzinho verde" para atravessarmos, e dai ele passa para o vermelho sem piscar antes, avisando que vai mudar. Dai nao temos esse aviso previo que vai fechar o sinal para os pedestres. Ele muda para o vermelho, fica assim uns segundos, com o sinal fechado para os carros, e em seguida é liberado para os carros. Esse sistema de contagem regressiva é maravilhoso, tomara que seja instalado ao menos nas avenidas com muito movimento..
So fiz questao de postar resposta porque muita gente tem a ilusao que nos "paises de primeiro mundo" é tudo perfeito... ;)
Beijo!!
Lu, nunca vi isso em shopping, já vi os cachorros mas nunca o cocô! Aliás, acho tão estranho levar cachorro para passear em shopping.
ResponderExcluirSugar, as ruas do bairro estão em condição precária mesmo!
Pedrita, espero mesmo que as banca de jornal se adequem. E acho que sentiria falta se morasse em um bairro onde não pudesse andar pelas ruas.
Cris,eu lembro que você já comentou das ruas sujas de Marselha. É curioso mesmo, pois a gente tem a mania de pensar que aí na Europa tudo é lindo e perfeitinho!
Beijos!
Oi Marion! Ser pedestre aqui em Belo Horizonte tb não é nada fácil. Principalmente na hora de atravessar: muitos motoristas não dão seta e alguns ainda têm a cara de pau de parar em cima da faixa de pedestres. Qto aos cocôs, aqui é bem raro de encontrar pelas ruas, não sofremos tanto com isso aqui, ainda bem!!! Bjos!
ResponderExcluirNo interior não tem trânsito, mas o que enche o saco são as bicicletas. Como tudo é relativamente perto, dá p/ fazer os percursos de bike numa boa. Então tem ciclistas demais e o pior, são super folgados. Não se preocupam com nada e o motorista e o pedestre é que sofrem.
ResponderExcluirE tem uns pedestres tb que vou te contar... dá vontade de passar por cima mesmo! Em Aparecida é um exemplo. O povo de lá e os turistas é que fazem a lei. Atravessam onde e quando bem entendem, o motorista que espere. É um povo tão mal educado que não sabe nem usar a calçada. Ai, que raiva!
Andar sempre é gostoso. A única coisa que mais me irrita e vc esqueceu de comentar são os palhaços que mexem com a gente, sejam pedestres, donos de loja vazia que ficam observando o movimento, enfim... mas em geral tbm gosto de andar, apesar de andar pouco. Aqui em Sorocaba o problema são as ladeiras. Eu moro num lugar que tem morro pra todo lado, é cansativo... Ah, e realmente as avenidas daí são um teste de condicionamento físico. Fiz um curso ano passado na paulista e tinha que atravessar, gastava uns 10 minutos esperando cada semáforo fechar, e voava pra não ser atropelada por quem vinha das travessas. O esquema é sempre atravessar em paralelo com alguém, assim se tiver que ser atropelado, o outro é atropelado primeiro, hehehehehe :-)
ResponderExcluirBeijos!
Nathy, aqui isso não é diferente. A faixa de pedestre não é respeitada também!
ResponderExcluirMiss Oak, aí deve ser complicado mesmo pela quantidade de turistas que tem! Muita gente, muita muvuca!
Rê, ladeira é fogo, cansa! Ah, sempre tem os idiotas que mexem com a gente. E que tática perversa para atravessar a rua! risos
Beijos
Andar por São Paulo é sempre uma aventura. É como brincar de Campo Minado de verdade. E você já andou na 25 de março ao sábado? É claustofóbico, porque você anda empurrado pelo fluxo do mar de gente. E se quiser mudar de rumo,tem que ir pro meio da rua e ficar brincando de Frogger com os carros. Às vezes dá errado. Já fui atropelado porque uma tia não parou no sinal vermelho, isso na Pacaembú! Vida de pedestre é fogo em sampa! Beijos!
ResponderExcluirTak, eu tenho horror da 25 de Março! Ainda mais quando é véspera de alguma data comemorativa! è muita gente! Eu vou lá só fora de época mesmo e bem cedinho, assim pego pouca muvuca! E tens razão! è como brincar de Frogger! ehehe
ResponderExcluirBeijos
Menina, também me irrito horrores com o povo que anda lentamente pela calçada! Aqui perto do meu trabalho tem uma calçada estreita e, pra ajudar, de paralelepípedo! Então fica aquele povo lerdo na sua frente e vc se equilibrando pra não cair! Drama, drama, drama!!!!!!! Beijão
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