*Marion e Sua Vida*

O meu isolamento social ocorre em São Paulo e praticamente não saio do meu apartamento. Com isso, ando morrendo de saudades da minha cidade. É uma situação bem louca, estar o tempo todo aqui  e não vivenciar a cidade. Parece que estou longe, como se estivesse viajando. A viagem mais estranha de toda a minha vida.  Quando vou ao supermercado, uma vez por semana, ando uns 6 quarteirões no total, ida e volta. E só. Sem desvios, sem passeios. Hoje as compras foram feitas na padaria da esquina e antes de sair de casa comecei a ficar angustiada pensando que não andaria nada. Nem meio quarteirão de distância daria. Minha saidinha semanal ficaria bem menor que o usual e eu não achei nada legal. Então resolvi fazer uma pequena rebeldia e saí para andar um pouco pelo bairro antes de passar na padaria.   Wally topou minha pequena rebeldia e fomos andando até a altura do shopping e voltamos. O Google Maps marcou que andamos 1,8k. Foi muito bom ver um pouco os locais que não via desde março. Mas ao

Depois da frustração da quarta-feira passada, Wally ficou feliz da vida e conseguiu acompanhar  hoje o lançamento do foguete Falcon 9 da SpaceX que está  levando para o espaço a cápsula Crew Dragon com dois astronautas. O destino final é a Estação Espacial ISS.  O lançamento deveria ter acontecido na quarta passada, mas o mal tempo não permitiu. Hoje foi a segunda tentativa e deu tudo certo! Acompanhamos o lançamento ao vivo e foi bem bacana.  Não sou tão fã de foguetes como o Wally, mas fico impressionada com a tecnologia e o tamanho dos foguetes. Nunca esqueço quando vi um de perto lá na Nasa na Flórida. É muito maior do que eu poderia imaginar. É algo fascinante!  Além de lançamento de foguete, meu sábado teve um encontro virtual delicioso com a minha turma da firma: Sofia, Lê e Lucas ! Foi muito bom vê-los novamente de depois de tanto tempo em isolamento. Deu para matar um pouco da saudades, mas só um pouco, pois não vejo a hora de podermos dar um abraço coletivo!   Nós quatro trab

Hoje eu sextei  bem animada. Afinal, amanhã não tem trabalho! Foi uma semana puxada, muito trabalho combinado com a minha irritabilidade de quarentener cansada de tudo. Mas hoje a sexta-feira me animou e estou bem melhor! Estou animada para o fim de semana que terá zoom com as BFFs da firma e até lançamento de foguete na Nasa! Quero espairecer, relaxar e curtir estes dois de folga junto com Wally e os Queijinhos.  Assim que meu expediente terminou hoje, fiz uma caminhada pelo apê e deixei a música ligada. Acho que andei uns 15 minutos direto e isso me fez muito bem. Naquele momento consegui largar toda a tensão de lado. Consegui juntar os passos que faltavam para a minha meta diária e ainda relaxei um bocado.  Trabalhar com atendimento ao cliente é uma árdua tarefa. É muita carga negativa jogada na gente por clientes mal educados. Haja abstração para que tudo isso não cole em nós! Hoje teve um e-mail tão lotado de ódio que realmente me assustou, mas mentalizei coisas boas e me desapegu

Eu claramente já cheguei ao meu limite do isolamento social. Percebo isso pela minha irritação frequente. Hoje mal conseguia ficar sentada na cadeira durante o expediente. Tudo era desculpa para levantar e dar uma volta pelo apê. Mas ao mesmo tempo que estou agoniada depois de 71 dias em confinamento, sinto muito receio  da anunciada reabertura da  cidade e do estado de São Paulo. Acho uma decisão prematura, não acho que seja seguro, pois temos muitos casos e a tal curva de contaminação não foi achatada ainda.  Claro que quero voltar à minha vida normal, quero poder ter a liberdade de ir e vir, quero rever todo mundo que não vejo desde março. Acho que todo mundo quer! A vida em suspensão não é agradável e traz muitos prejuízos em todos os níveis de nossos vidas. Mas a flexibilização da quarentena tem que ser feita com cautela, senão seremos jogados no caos, com um estouro de casos. Não sou especialista e por isso não tenho idéia de quando é o momento ideal ou qual a maneira mais segura

O confinamento faz que eu perca a noção do tempo. Os dias ficam todos muito iguais, sem grandes variações. Acordo, tomo meu nescau, vou pra mesa de trabalho, almoço, termino de trabalhar, ligo para minha mãe, assisto novelas, janto, assisto algum seriado ou filme e durmo.  Tirando minha aula de canto, sempre às segundas, não há mais nada na minha rotina que indique que dia da semana eu esteja. A ida ao supermercado não é parâmetro, pois tem fim de semana que vou aos sábados, outros no domingo. Assim, os dias parecem todos muito iguais, sem nenhum acontecimento marcante para dar um sabor diferente às semanas em quarentena.  Para tentar sair um pouco da mesmice da quarentena, tento alterar o cardápio de acordo com a ocasião. Hoje, por exemplo, é quarta-feira, dia de feijoada! Então pedimos delivery da padaria da esquina e almoçamos feijoada. Foi ótimo para quebrar a rotina do trabalho em casa.  Quando o fim de semana chega, também procuramos  comidas que nos lembrem que estamos no final

Na minha vida pré-pandemia, quando um pacote chegava em casa, eu já abria na hora. Não conseguia conter a ansiedade para saber se tinha chegado tudo certinho. Hoje é tudo bem diferente. O pacote chega e fica lá na área de serviço uns três dias. Assim eu já sei que está livre do vírus e eu posso abrir sem ter que fazer todo aquele trâmite de desinfestação. A minha falta de paciência para passar alquinho em tudo é bem maior do que a minha ansiedade de abrir um pacote recém-chegado. Isso ocorre também com as revistas que chegam, os boletos e qualquer outra carta. Largo lá em mini-quarentena até eu achar que estão seguros para serem manuseados. Deixo para fazer a limpeza em coisas que não podem esperar, como compras de supermercado ou deliveries de comida.  Ah, os deliveries! Como ficou complicado pedir uma simples pizza! Pedir é fácil, o problema é quando a bendita pizza chega em casa.  Tirar a pizza da caixa e colocar numa travessa. Mesmo com todo cuidado, a pizza fica meio desmontada. 

Ontem estava passando uma reportagem na TV sobre a vida na quarentena e a repórter perguntou à entrevistada do que ela sentia mais falta. A moça respondeu que sentia falta de certezas.  Eu me identifiquei muito com esta resposta, pois é o que mais falta nestes dias. Não sabemos nada de nada e estamos em uma espera que parece eterna.  Não sabemos quando tudo vai voltar ao normal e, quando voltar, se será realmente a nossa rotina de antes ou algo adaptado para acomodar uma vida com o vírus sempre presente. Isso me aflige. Sempre gostei de ter certezas sobre as coisas e agora estou rodeada de incertezas.  Uma das coisas que mais me aflige é não saber quando poderei visitar a minha mãe, quando a gente vai poder sair para passear juntas. Enfim quando poderei compartilhar novamente minha rotina com a minha mãe.  Junho está chegando e vamos completar 3 meses de afastamento. Falo com ela todo santo dia, seja por telefone ou via videochamada. Claro que isso ameniza a distância, mas não é o sufi

Sexta à noite assisti ao filme 'Contágio' dirigido por  Steven Soderbergh e foi como se eu estivesse assistindo a um documentário sobre os tempos atuais tamanha a similaridade do que se passa no filme com a pandemia que vivenciamos agora. O filme é praticamente uma premonição, pois foi lançado em 2011.  Eu não havia assistido ao filme ainda e ter assistido pela primeira vez agora foi quase como se eu estivesse em uma sessão de cinema 4D, tamanho o impacto que o filme teve em mim. Tudo foi muito real para mim e senti intensamente as emoções pelas quais as personagens do filme passavam.  Eu acho que todo mundo deveria assistir pois, além da incrível semelhança com a nossa realidade, o filme é uma aula sobre contágio. Mostra como é fácil o vírus se espalhar em um ambiente com várias pessoas. Como as pessoas só vão perceber que estão contaminadas quando os sintomas aparecem e isso pode ser tarde demais. Por isso, todo cuidado é pouco.  Só há uma grande diferença entre o filme e a n

Eu estava aguardando ansiosa pela tarde de hoje, pois foi dia de jogatina e de festa em família! Claro que tudo no formato em vigor em 2020: cada um no seu canto, mas todo mundo junto na telinha do computador!  Hoje é aniversário da minha tia Tecla, que mora lá em Foz do Iguaçu, meu primo Leo, filho dela, teve a ideia de fazer uma festinha virtual com bingo! Minha tia adora fazer bingo com as amigas, mas por causa do isolamento social está sem poder juntar a sua turma para jogar.   Eu até me arrumei para a festinha!Passei batom e coloquei até meu colar que não usava desde março, quando entrei em confinamento. Gosto de aparecer bem nos encontros virtuais. Se me arrumo para encontros normais, tenho que estar nos trinques nos virtuais também, né?  O bingo foi animado e teve até prendas! Eu não ganhei nada, na última rodada ficou faltando um número para completar a cartela. Foi por pouco!  Mamãe participou com a Paula e adorou a brincadeira!  Foram quase duas horas  junto com meus primos,

Parece um pesadelo sem fim este governo de despreparados. O tal famoso vídeo com a reunião do despreparado-mor e seus ministros foi divulgada hoje no final da tarde. É um festival de palavrões, ameaças e tudo mais que não combina com uma reunião de alto escalão de um governo de um país democrático. Show de horror mesmo.  Mas não me surpreende, pois desde da eleição ele já vem mostrando esta face truculenta e repleta de ignorância. Mesmo sem me surpreender, é muito difícil saber que o nosso país está nas mãos de gente deste tipo.  Ainda por estarmos em um momento tão complicado por causa do avanço da pandemia.  Enfim, estamos num pandemônio sem fim. Isso causa muito desgaste emocional. Junta tristeza, medo, desânimo, raiva. Com tudo isso junto sobra pouco espaço para otimismo e esperança. Continuo tentando ser otimista, mas em dias como hoje, é quase impossível É um sextou das trevas!  Sei que isso vai passar. O despreparado vai passar, o vírus vai passar.  Mas que não demore muito não,

Acabei de ensaiar e resolvi logo vir aqui escrever antes que fique bodeada como ontem.  Pela primeira vez nesta quarentena eu cantei com microfone. Estava com saudades de escutar a minha voz pela caixa de som. Por causa dos vizinhos chatos eu ando maneirando. Antes do isolamento eu estudava quando não tinha ninguém por aqui, agora com todo mundo nos apartamentos a coisa complica. Aí ando ensaiando desplugada mesmo. A foto que ilustra o post é do show do QEQS do ano passado, nosso penúltimo show e um dos melhores que fizemos. Eu acho que este show foi perfeito. Já revi os vídeos centenas de vezes e continuo achando que mandamos bem demais!  Nem preciso falar que ando morrendo de saudades de um palco, né? Antes da quarentena eu já estava sem banda  e a única perspectiva de pisar no palco era o show na nova escola de música que seria em junho.  A pandemia atropelou tudo  e nem ensaio cheguei a fazer.  Assim, não tenho  como arriscar quando estarei com uma banda novamente e nem quando pisa

Este post é o de ontem. Fiquei enrolando, enrolando e não escrevi. Ontem também falhei na corrente dos LPs do Facebook, que o objetivo era postar a capa de 10 álbuns que influenciaram meu gosto musical. Cheguei no dia 6!  Ontem fiquei até pensando em qual disco colocar, mas não cheguei em uma conclusão. São tantas opções!  E eu sou péssima para listas, pois sempre acho que posso mudar as escolhas, acho que não ficou bom. Este tipo de corrente faz uma libriana como eu entrar em sofrimento. É muito conflito interno! Ainda mais com música que é algo que move a minha vida.  Mas fiquei feliz com as capas de discos que eu postei até agora. Acho que fazem sentido. Vamos ver se hoje decido e coloco alguma, faltam só quatro para eu terminar a missão! Ontem o dia foi  bem bom! Trabalhei o meu horário normal, sem horas extras, e com isso tive tempo e pique para estudar minhas músicas direitinho. Com o aumento do trabalho ando sem ânimo para estudar, aí acabo estudando somente durante os finais de

Acabei de ler que nas últimas 24 horas foram registradas 1.179 mortes por COVID-19 no Brasil. Isso me assusta. E fico mais assustada ainda sabendo que tem gente que não tem empatia por tantas vidas destruídas por esta pandemia e que o governo do país continua tentando diminuir a gravidade do que estamos passando no Brasil. É desesperador não vislumbrar quando isso vai acabar, quando a gente vai poder voltar a sair de casa.  Amanhã começa o feriadão aqui na cidade de São Paulo como tentativa de fazer as pessoas ficar em casa.  Espero que dê certo, que as pessoas não inventem de viajar e levar o vírus para outras cidades.  O que mais fazer para que as pessoas entendam que é necessário ficar em casa para diminuir o contágio?  Eu já estou há mais de 60 dias em casa e tenho a sensação que ainda estou esperando gente começar a sua quarentena para que eu e todo mundo mais que já estamos em quarentena, consigamos  sair desta situação.  É bizarra esta situação toda. A negação do governo federal

Nunca tive grandes problemas com as segundas-feiras. Nuncas as odiei como a grande parte do planeta parece odiar.  Atualmente fico ansiosa por elas, pois é o dia da minha aula de canto. Só fico meio ressabiada com ela se sei que na sexta-feira não consegui deixar meu trabalho ajeitadinho para que a segunda não seja um caos.  Hoje estava tudo nos trinques e, mesmo com muito trabalho, o dia foi suave.  Como eu estou trabalhando em casa desde os primeiros dias de quarentena, as segundas continuam parecendo segundas.  O que não acontece com outros dias como as sextas, sábados e domingos.  Estes dias estão descaracterizados  durante o confinamento. Afinal, nenhum dos planos normais que eu faria  para um fim de semana são possíveis de colocar em prática atualmente.  Cineminha? Não pode. Botecar com os amigos?  Também não. Bater perna no shopping? Nem pensar. Ir almoçar com a mamãe? Fora de questão. A vida social está soterrada pela pandemia. Os finais de semana de confinamento são os dias ma

Add caption Sessenta dias em casa praticamente sem sair.  Devo ter saído de casa menos de 10 vezes até hoje. Difícil lidar com a ausência de convívio social, sinto falta de ver gente, de conversar com as pessoas, de vivenciar experiências em conjunto. Sinto falta da rua, da firma, do shopping, dos bares. Sinto falta da minha cidade! Dá até para dizer que são 60 dias que estive fora da minha cidade, pois não vivenciei São Paulo neste tempo todo. Saí para tomar ir ao supermercado e tomar vacina da gripe. A coisa mais diferente que fiz foi sair com Wally para fazer as entregas de máscaras que a Paula faz. Foi um rolê que não teve nada demais, mas me fez tão bem! Foi  muito poder olhar para a minha cidade. Acho que depois que tudo isso passar, nem vou querer parar muito em casa! Acho que já fiquei em casa para o ano de  2020 inteiro, né?  Mesmo não me faltando nada, estes dias sem sair são difíceis. Estão comigo no confinamento Brie, Tofu e Wally.  Nós 4 sem muitas alternativas de ter féri

Há dias nesta quarentena que dá vontade de ficar sem fazer coisa alguma. Dá uma paralisia  surreal  em mim. A minha mente fica entre 'tenho que fazer tal coisa' e  o 'ah, dá pra ficar pra depois' e enquanto este looping fica passando na minha cabeça, fico eu largada no sofá por horas. E odeio quando isso acontece. Hoje cedo quase aconteceu isso. Fiquei quase uma hora largada no sofá, por pouco não passei a manhã toda assim. Mas me forcei a levantar para ir tomar banho e estudar. Fiquei feliz por ter conseguido sair do sofá. Estas situações geralmente me acometem durante os finais de semana, sem o trabalho que tenho um horário a cumprir, não tenho nada que realmente me obrigue a sair do estado de preguiça absoluta.  Fico com culpa quando percebo que o dia passou e eu nada fiz, nem um seriado sequer eu assisti.   Amanhã completarei dois meses de confinamento e anda realmente difícil encontrar ânimo para fazer alguma coisa. O desânimo bate forte por não haver perspectiva a

O baque da gravidade da situação que estamos vivendo bateu em mim  quando li a notícia  que a Globo ia parar com as novelas que estavam no ar e que começaria a reprisar novelas em todos os horários, não só no horário do Vale a Pena Ver de Novo.  Foi um choque para uma noveleira de carteirinha como eu.  Nunca na minha vida me deparei com algo assim, sem ter uma novela inédita para seguir, coisa que só um mundo em pausa pode proporcionar.  Depois de passado o choque,  fiquei feliz com o retorno de Novo Mundo, pois amo esta novela, ela faz parte da minha restrita lista de novelas perfeitas.  Tenho assistindo e isso torna meus dias mais suaves.  Para minha surpresa, me vi viciada em Totalmente Demais! Não perco um capítulo! Curioso que quando a novela passou pela primeira vez, eu nem liguei muito. Assistia de vez em quando. Hoje estou amando. Pena que eu já sei que o final não vai ser o que eu queria.  Fina Estampa, melhor nem comentar. Ruim demais! Mas eu entendo a escolha da Globo, para

Eu ando incomodada por não estar me dedicando tanto quanto antes às aulas de canto. Na época pré-pandemia eu estudava todos os dias, depois que tudo começou, notei que andei perdendo o ânimo pra estudar, sempre postergando as obrigações.  As razões disso eu realmente não sei dizer, mas um dos fatores é  andar bem exausta por causa do trabalho. O trabalho na quarentena anda muito mais puxado que em tempos normais, assim, acaba o expediente fico sem  disposição para estudar as músicas. Bem frustrante. Mas hoje eu descobri algo que me animou e me mostrou que não ando tão relapsa assim.  Coloquei para tocar no Spotify a playlist No Repeat. Ela é feita pelo próprio app baseada nas músicas que eu escuto e coloca as mais tocadas.  Para minha surpresa, quase todas são músicas que fazem parte dos meus estudos.  É um ótimo indício, pois estou escutando o Spotify durante todo o meu expediente e ando variando bem as playlists. Mostrar que as mais escutadas ainda são as músicas de estudo é sinal qu

No finzinho de 2019 eu comprei  uma agenda no bazar do Adote Um Gatinho, a idéia era registrar todos os dias do ano. Não com a intenção de ser um diário completo, mas apenas para registrar impressões daquele dia. Se foi bom, ruim, cansativo, rotineiro, diferente e por aí vai. Achava que as páginas registrariam um cotidiano bem normal, do jeito que a minha pacata vida é. Mas os registros estão sendo únicos, pois 2020 tem sido um ano bem peculiar.  A minha meta estava indo muito bem até semana passada quando deixei páginas e páginas em branco. Antes eu já tinha esquecido de escrever um dia ou outro, mas compensava no dia seguinte e dava tudo certo. Agora não, foi uma semana inteirinha sem escrever nada. Não que eu tenha esquecido de escrever, mas fiquei naquela toada do 'ah, daqui a pouco eu faço' e não fazia.  Desisti de registrar os dias passados e só escrevi: consultar o blog! É curioso que uma coisa que nem imaginei que fosse fazer este ano, eu esteja cumprindo direitinho. A

Desde o começo do meu confinamento aqui em casa, lá em março, uma coisa sempre me preocupou: sedentarismo! Não que eu seja uma pessoa lá muito atlética ou que frequente  academia, mas nunca gostei de ficar muito tempo parada. Meses antes da quarentena eu comecei a monitorar os passados dados por dia e sempre me empenhava em atingir a meta de 8 mil passos. Em geral batia a meta só indo e voltando da firma e nos fins de semana tinha que me policiar para sair para caminhar para juntar todos estes passos.  Agora trancada aqui no apê, fazer 8 mil passos por dia é impossível. Mas eu tenho me empenhado nas caminhadas indoor e ando mantendo uma média razoável para as condições atuais.  Hoje fui olhar o  histórico com o meu reloginho e lá marca a média de 3.853 passos nos últimos 30 dias. Isso dá uns 2 km e alguma coisa. Para quem não coloca o pé na rua, é um feito e tanto! No começo eu me achava meio ridícula quando eu andava aqui no apê, hoje acho apenas chato mesmo. Sinto saudades de andar n

Eu assisto aos jornais da TV somente agora durante à noite. Ao longo do dia eu tento fugir das notícias, é o jeito de controlar o medo que sinto por causa da pandemia. Estar no Brasil neste momento é estar no pior lugar do mundo, pois o país é governado por um despreparado e que não tomou as rédeas da situação e aqui estamos nós em um país onde o COVID-19 se espalha com rapidez e não há um plano nacional para conter o vírus.  Mesmo no meio deste horror todo, ainda há gente que critica  as medidas de isolamento impostas pelos prefeitos e governadores.  As medidas estão endurecendo porque as pessoas não ficaram em casa, não seguiram os pedidos de afastamento social. Acharam que podia seguir a vida normalmente e agora ficam fazendo mimimi. Não há outro caminho no momento, pois não temos remédio ou vacina para parar este vírus. Como esta gente não entende?  O fanatismo está se mostrando capaz até de anular o instinto de auto preservação das pessoas, afinal, elas se acham imune somente porq

O domingo foi bem bom. Eu achei que seria um tanto deprê por ser dia das mães e a gente não poder estar juntas para celebrar. Mas dei um jeito nisso e tudo foi bem legal dentro das possibilidades atuais.  Comprei o presente dela pela internet e pedi para entregar aqui em casa. Hoje fui fazer a entrega  do presente pessoalmente. Foi tudo dentro dos padrões de segurança da pandemia:  eu estava de máscara, fiquei no corredor do andar, não entrei no apartamento da minha mãe e nada de beijos ou abraços.  Entreguei a sacola com o presente esticando bem  o braço para ficar o mais distante possível e depois já me afastei mais um pouco.  É chato, é esquisito, mas vi a minha mãe ao vivo depois de dois meses e isso bastou! Ela ficou feliz em me ver também, apesar da máscara.  Foi rapidinho! Depois conversamos com calma por telefone e  por videochamada.  Depois de passar no prédio da mamãe, Wally e eu seguimos para  o supermercado. Meu passeio semanal nesta quarentena! Confesso que até enrolei um

O dia 9 de maio era uma data muito esperada pela minha mãe, pois seria o dia do show do Daniel Boaventura.  Eu dei para ela  o ingresso do show como presente de aniversário lá em fevereiro! Mas a pandemia acabou adiando o show para o mês de julho e ela vai demorar mais um pouquinho para receber o presente de aniversário. Mas por uma coincidência, calhou que hoje assistimos a um show do Daniel Boaventura!  Claro que não foi como o planejado, pertinho do palco, mas serviu para alegrar o nosso sábado.  A Paula colocou a live para mamãe assistir e eu assisti aqui de casa. Todas nós adoramos a live, foi quase como o show tão esperado! Paula me disse que mamãe ficou feliz da vida com a live. Fiquei bem contente, pois ficamos bem frustradas com o adiamento do show ainda mais por uma questão tão séria e triste. A live foi transmitida pelo canal dele no YouTube e eu, como sempre, assisti na TV da sala.  No final da live eu estava dançando!  Foi muito bom!  Ele realmente sabe dominar o palco e c