*Marion e Sua Vida*

Desde que a quarentena começou, o meu volume de trabalho aumentou bastante. Uma grande contradição neste mundo em pausa. Eu achava que com a passagem dos meses de quarentena, as coisa estabilizariam e que o volume de trabalho voltaria para os índices habituais, que já eram altos. Mas não, a estabilização ficou lá em cima mesmo. Quando eu já tinha me acostumado com o esquema de trabalho do modo pandemia, com as horas extras diárias. Tudo mudou!  Houve uma alteração de horários no departamento e isso bagunçou o meu coreto e eu senti o baque. A balança entre trabalho e vida pessoal ficou bem desregulada. E eu fiquei sem saber o que fazer. Nos primeiros dias segui conforme a maré e vi que isso não seria bom, pois o trabalho estava realmente me deixando exausta. Assim resolvi que um ajuste na nova ordem vigente tinha que ser feito para que um novo equilíbrio fosse alcançado. A primeira providência foi riscar as horas extras do dia em que tenho aula de canto, pois não daria para conciliar co

Neste longo período de quarentena, qualquer atividade que me faça abstrair da nossa dura realidade considero preciosa. Durante o tempo que fico ali concentrada, consigo relaxar, pois a minha mente 'desocupa' de todas as preocupações que me rodeiam desde que a quarentena começou. É bom ficar preocupada com coisas mais amenas, como por exemplo, o desafio de resolver o cubo mágico!  Esta minha nova meta começou há umas duas semanas, na festa de aniversário do Claudio . No dia da festança virtual, ele mandou aos convidados um bolo com um cubo mágico de enfeite. Depois da festa fiquei brincando com o cubo e aí veio a frustração de nunca ter conseguido montar o cubo de volta.  Aí fiquei com isso na cabeça,  com vontade de procurar algum passo a passo para conseguir o feito.  Wally encontrou uma receita para iniciantes e me mostrou.  Com persistência e concentração, a gente conseguiu montar o cubo já algumas vezes. Eu demorei um pouco para conseguir, sempre estragava tudo no final.  E

A foto foi tirada no dia 129 da quarentena, ou seja, no sábado passado. Foi um dia de duas estreias simultâneas, da panela elétrica e da receita! A história da panela veio antes da receita.  Nunca tinha pensado em comprar uma panela elétrica. A única que tínhamos era a panela elétrica para fazer arroz, para uma pessoa louca por arroz como eu, é um item essencial, ainda mais para fazer a arroz japonês, que é o melhor que há!  Mas eu tinha alguns pontos para trocar no programa de pontos do cartão de crédito. Quando eu falo alguns, eram alguns mesmo! E estavam para vencer e eu não queria perdê-los, mesmo sendo pouca coisa.  E lá fui eu, passando por um monte de páginas para encontrar algo que dentro da quantidade de pontos disponíveis e que eu gostasse.  Como na quarentena entrei numa vibe de comprar coisinhas para o apê, quando vi a panela elétrica, ela me pareceu a melhor opção e ainda era vermelha!  A receita de estreia da panela entrou na história por causa do primeiro episódio do pro

Minha temperatura hoje estava 36,4 graus. Sei disso pois só pude entrar na escola de música depois que mediram a minha temperatura. Depois isso, passei pela 'piscininha' de desinfetante, para limpar a sola do sapato e depois pelo álcool em gel para as mãos. Tudo nos conformes para o grande evento do dia: minha primeira aula de canto ao vivo depois de 4 meses de aulas via Skype!  A escola fica menos de um quarteirão, basta eu atravessar a rua que já estou lá. Este foi um fator determinante para eu aceitar o retorno das aulas presenciais, se a escola fosse longe, eu  continuaria com as aulas virtuais.  Além disso, a escola se preparou direitinho para receber os alunos respeitando todos os protocolos atuais para redução de riscos de contágio.  Na sala de aula colocaram uma divisão de acrílico entre aluno e professor. A aula foi sem microfone, obviamente. Nos dias de hoje, sem chance de compartilhar um item como microfone.  Me senti segura lá. Eu estava com receio de ficar incomoda

Este fim de semana reparei que já cheguei ao estágio de tentar combinar a máscara com a roupa que estou usando. Quando comecei a usar a máscara, nem pensava nesta questão. Mas agora tento ao menos usar uma máscara com tons similares aos tons da roupa que estou usando. Talvez seja um jeito de tentar me adaptar a este novo item obrigatório do vestuário em tempos de pandemia.  A questão de integrar a máscara ao meu look já consegui, o lance dos óculos também já está resolvido.  A minha cabeça também já entendeu que o uso é obrigatório e não negociável quando estou fora do apartamento. Notei isso outro dia que o interfone tocou e tive que descer até a portaria para verificar sobre a confusão de uma entrega. Eu estava em pleno expediente de trabalho, num dia particularmente estressante. Ou seja, com a cabeça cheia de problemas. Mesmo assim, na hora que notei que teria que  descer, a primeira coisa que fiz foi colocar a máscara, antes  mesmo de pegar a chave da porta!  Fiquei f

Há uns dois meses eu já não aguentava mais o meu cabelo sem corte e com as pontas todas ressecadas. Hoje finalmente resolvi este problema e me livrei do excesso de cabelo. Juntei coragem e fui ao salão em plena pandemia.  Só tive coragem de ir depois que Wally foi e me disse que se sentiu bem seguro no salão. Ele estava bem mais desesperado que eu por causa do cabelo.  Ele foi  cortar o cabelo na quarta-feira passada. O salão é aqui pertinho, uns 3 quarteirões de casa e é um lugar grande, assim não há risco de aglomerações.   Eu achei tudo bem tranquilo. Não senti nenhum tipo de receio. Perto de mim ficou apenas o Sérgio, que cortou o meu cabelo. As outras clientes, acho que havia umas 5 lá, estavam bem afastadas de mim. Todo mundo de máscara, como tem que ser.  A parte mais estranha foi cortar o cabelo usando a máscara, pois só fui realmente ver a minha cara com o novo corte de cabelo quando cheguei em casa e  tirei a máscara. É bem esquisito isso.  Não lavei o cabelo lá, só cortei, p

Eu costumo dizer que 2020 é o ano que não aconteceu. Mas até hoje falava isso com uma pontinha de esperança que pelo menos pudéssemos ter o segundo semestre com uma vida quase normalizada. As notícias do cancelamento dos grandes eventos aqui de SP como carnaval, fórmula 1, parada  LGBTQI+ , réveillon na Av. Paulista, acabaram com as minhas esperanças. Não há como esperar alguma normalidade este ano. Vamos continuar tentando nos adaptar ao novo normal enquanto estamos no compasso de espera pela vacina. E ao redor do mundo acontece a mesma coisa. O primeiro grande evento que foi cancelado por causa da pandemia, meses atrás,  foram os Jogos Olímpicos de Tóquio que começariam esta semana.  Isto foi um grande baque, pois sempre amei os jogos e estava ansiosa desde o ano passado para assistir à edição de 2020. Um evento tão tradicional e enorme ter sido cancelado evidenciou a gravidade do problema que o mundo passava.   Nada vai voltar a acontecer enquanto o vírus estiver se espalhando por a

Logo que começou o expediente, eu disse para um amigo da firma que desejava que o nosso dia fosse suave. O desejo era sincero, mas eu estava um tanto ressabiada pelos dias complicados do começo desta semana e achei que estava otimista demais. Mas felizmente o dia de hoje destoou do resto da semana e foi suave.  Trabalhei muito, mas nada de stress. Viva!  Por causa do calor, trabalhei de bermuda e camiseta. Esta é uma das grandes vantagens de trabalhar em casa, poder vestir o que eu bem entender. Não ter que colocar roupa de escritório e respeitar o dress code da firma é um alívio. Ainda mais em dias de calor! Já vi que amanhã o calor vai se repetir, assim o meu dress code será o mesmo. Meu lema é não passar calor!  O que está me animando também é que na previsão do tempo está informando que no domingo finalmente vai refrescar! O clima fica fresco e eu fico feliz. Bem que o friozinho podia perdurar um pouco, né?  O inverno anda fajuto demais nos últimos anos. Sinal que o aquecimento glo

E aqui sigo eu nesta semana complicada. Eu sinceramente achei que hoje seria menos pior, mas não, mais uma surpresa desagradável. Mais uma balançada boa na minha paz interior. Balançou, balançou e já está firme de novo. A conversa de hoje com a minha mãe me deu a força que faltava para eu continuar firme.  Como minha mãe disse, isso é coisa da vida mesmo, que sempre temos algum tormento na vida. Tem épocas mais complicadas que outras, mas algum tormento na vida sempre haverá e que tudo passa. Ela está coberta de razão. Não podemos esmorecer, mesmo que a maré ruim pareça não ter fim. E eu não vou esmorecer, mesmo estando cansada. Isso eu não posso negar, estou cansada de tudo. A quarentena é exaustiva pois parece que amplifica todos os problemas que aparecem. A tensão está sempre presente e é causada pelo isolamento social, pela COVID-19 que não pára de avançar e pela falta de perspectivas que tudo vai melhorar. Sem falar no desgoverno, né?  Por isso  tudo, tento procurar fazer as peque

Uma das coisas que mais sinto falta da vida pré-pandemia é o momento em que eu chegava em casa depois do trabalho. Antes mesmo de encostar a chave na porta, Brie já começava a miar.  Eu abria a porta com cuidado, pois sabia ele estaria em cima do rack da TV e encostando a cabeça na porta.  Se abrisse a porta com um pouco de força, Brie levava uma portada.  Tofu também estava ali me esperando, mas no chão, bem grudado à porta. Os dois ficavam bem agitados com o meu retorno.  Faziam a maior festa para mim. Um momento bem feliz para nós três. Mas este momento se perdeu na quarentena, afinal, praticamente não saio e, quando saio, volto logo. Nem dá para os dois sentirem a minha falta.  Assim, nem ligam quando eu saio ou volto, pois sabem que será coisa rápida.  Mas estes dias eu notei que eles ficam animados quando acaba o meu expediente. Eles já aprenderam a dinâmica com meu dia a dia da quarentena. Sabem que se ficarem chamando a minha a atenção enquanto trabalho, vão ganhar umas broncas

O fim de semana foi muito bom, apesar da quarentena, e hoje eu acordei toda feliz da vida. Mas logo o universo olhou para mim e disse: 'achou que entrou numa maré boa, né minha filha?  Achou errado, otária!'. E assim a segunda-feira começou com tudo dando errado no trabalho. Tanto que a minha paz interior, que tanto eu comemorei ter conquistado, foi bem abalada hoje. Achei que não ia me sentir melhor tão cedo. Mas melhorei. Ufa.  Quando eu estressei feio, Wally ainda estava aqui, não tinha ido para o trabalho. Isso foi uma sorte enorme, pois o abraço dele me fez acalmar e manter as idéias no lugar. Assim consegui lidar com o pessoal do trabalho de maneira serena, sem estourar com ninguém lá. E depois dia o resto do expediente correu quase que suavemente.  Ter aula de canto hoje também foi providencial. A aula me salvou de ficar chateada o dia inteiro por causa do trabalho. Durante a aula consegui abstrair de todos os problemas que tive hoje e quando ela terminou, estava bem tra

Hoje completo exatos 4 meses de quarentena, num regime de isolamento social que saio, na grande maioria das vezes,  somente uma vez por semana, geralmente aos domingos para ir ao supermercado. Tenho trabalhando em casa desde 19 de março, cumprindo expediente de segunda à sexta. Um impacto enorme na vida pré-pandemia. A parte mais sofrida do isolamento foi ter que me afastar da minha mãe. Eu ia visitá-la umas três vezes por semana, no mínimo. Agora na quarentena foram  três meses sem encontrar com a minha mãe, somente tivemos contatos por telefone e videochamadas. Em julho, depois de tanto ela pedir, estabelecemos uma rotina de almoçar lá aos domingos.  Se eu falar que faço isso tranquilamente, estaria mentido. Claro que dá medo de dar tudo errado e a Paula e minha mãe serem contaminadas por minha causa. Mas para tudo dar certo eu viro a chata da quarentena e dito as regras. Todas de máscaras e mantendo o distanciamento social, nada de abraços ou apertos de mãos.  Na hora do almoço, fic

O sábado foi um dia bem suave e alegre, que terminou de maneira bem animada com a festa de aniversário do Claudio! Uma festa nos moldes atuais, claro! Tudo via Zoom, mas com um detalhe  único: nós convidados recebemos uma encomenda com o bolo, brigadeiros e vela!  Foi uma agradável surpresa, assim a festa ficou mais especial. O presentinho do aniversariante para nós chegou algumas horas antes da festinha que foi marcada para as 8 da noite.  Reparem na vela  épica! Ela praticamente é um fogo de artifício quando acende! E fica um bom tempo assim.  A hora do parabéns ganhou outro impacto com cada um dos convidados com esta vela. Realmente compartilhamos o mesmo momento com o aniversariante!  Aqui um close no aniversariante! Claudio está de camisa escura.  Ao lado na foto, está o marido dele, o Edward que colocou toda esta festa para funcionar com perfeição! Lá no apê deles a decoração da festa estava incrível e contava com um bolo maravilhoso! O boleto maravilhoso foi feito pela Liló Conf

Mais uma sexta de quarentena. Mesmo nesta situação, a sexta-feira ainda tem um quê de especial. Quando termina o expediente é um alivio por estar vindo dois dias de folga pela frente. Dias para dormir até um pouco mais e curtir uma rotina sem horários. Eu fico contente nas sextas de quarentena, mesmo com receio que o tédio possa me pegar nestes dias sem obrigações.  Vou me esforçar para escapar dele. Amanhã vai ser fácil, tem até festinha de aniversário virtual agendada e Wally estará de folga! Acho que neste fim de semana finalmente termino 'Dark'. Os dias de trabalho andaram tão puxados para Wally e para mim que a gente desistiu de tentar assistir. Seriado em Alemão e com uma última temporada bem mirabolante requer de um cérebro bem descansado e atenção total na telinha. Acho que faltam uns 3 episódios para terminar.  Será que vamos gostar?  Será que vamos odiar ou vamos achar bem mais ou menos? Curiosa para saber! Esta semana comprovei que realmente que a minha paz de espíri

Ir ao supermercado com fome nunca prestou, sempre acabo comprando muita coisa desnecessária só para acalmar o estômago que está gritando por comida. Agora estou descobrindo que escrever no blog com fome também não é bom. O único assunto que consigo pensar é comida! Já cheguei a pensar no que vou comer no sábado! Claro que não decidi ainda, mas vai ter que ser comida com cara de fim de semana.  Uma coisa que tem seguido uma regularidade na quarentena é no fim de semana sempre procurar comer algo diferente do cardápio do dia a dia. Pelo menos assim, consigo sentir que estou no fim de semana. Isso pode parecer bobagem mas me anima. Pois é a única coisa que restou do fim de semana da vida de antigamente, as outras coisas estão suspensas até novo aviso. Nada de cinema, restaurantes, barzinhos, passeios em geral.  E a flexibilização? Os novos cinemas e shows estilo drive in?  Para mim não são opções aplicáveis. A pandemia ainda não acabou. Não faz sentido me colocar em risco para me divertir

Já já vou completar 4 meses de quarentena e de home office. A foto foi tirada em abril, quando eu ainda achava que isso ia passar logo. E aqui estou eu, 3 meses depois que esta foto tirada, totalmente acostumada com a minha nova rotina e sem nenhuma vontade de voltar para a firma enquanto a pandemia estiver com números altos de contágio. Fico apavorada só de pensar em pegar metrô!  Neste meu novo normal, fazer horas extras todos dias virou rotina. Quando eu estava na firma, evitava ao máximo topar fazer hora extra. Nem era por trabalhar horas a mais, era desânimo mesmo pela viagem de volta para casa. Pensava no horário que chegaria aqui depois do expediente mais longo e já perdia o pique. Hoje isso não faz diferença, afinal, acaba meu horário de trabalho e já estou em casa! Acho que esta é a melhor vantagem de trabalhar em casa, 'voltar' para casa num estalo! Dá para ir da mesa do trabalho prum banho quentinho em menos de 10 minutos. Um luxo! Mas mesmo com toda a praticidade de

A minha duplinha felina sempre está perto enquanto eu estou trabalhando. Um dos lugares preferidos dos dois é a estante que fica no quarto que virou meu escritório. Arrumaram espaço em uma das prateleiras e lá ficam. Para eles este lugar é perfeito, além de ficar perto de mim, ali ainda bate o solzinho da manhã. Ficam bem de boas ali. Muito bom tê-los próximos do meu olhar, alivia qualquer stress que ameace a aparecer.  Brie e Tofu me confortam muito nos momentos difíceis. Eles são como pacotinhos cheios de amor e paz.  Sempre que fiquei triste, eles me deram muito conforto e aconchego. Neste período de quarentena eles têm sido fundamentais para o meu equilíbrio emocional.  Com o aumento do nosso convívio, novas dinâmicas surgiram. Tofu é meu companheiro das caminhadas indoor. Eu começo a andar pelo apê e ele vem atrás. Aí fica esperando eu jogar uma bolinha de papel para ele pegar. Fica todo animado! E muito lindo  ele pedindo para jogar a bolinha!  Brie vez ou outra se junta a nós, m

Durante o meu expediente de hoje, me peguei olhando para o meu mural, onde colo as recordações das coisas que eu fiz e me marcaram. Tem de tudo um pouco, ingresso de shows,  de espetáculos de teatro, de exposições, passagens de avião, cartões postais, fotos, imãs dos lugares que visitei. Recordações de experiências de que tive ao longo da minha vida até aqui. Gosto de olhar  para este mural, pois sempre me traz recordações boas e me faz sorrir. Mas desta vez fiquei melancólica, afinal, há meses não tenho nada de novo para colocar ali.  Eu precisava de uns carimbos como os que aparecem na abertura do seriado 'Diário de Um Confinado' para registrar as atividades na quarentena, afinal, o meu 2020 acontece aqui no meu apartamento. Esta semana serão quatro meses nesta vida reclusa por causa do COVID-19. Já daria para encher de carimbos o passaporte da abertura do seriado.  Falando no seriado, assista! Eu estou amando o Murilo e suas desventuras durante a quarentena. Ele é um homem d

Meu domingo foi bem musical. Foi dia de cantar com o QEQS novamente, mas do  jeito que os dias atuais permitem: tudo virtualmente! Sandy mandou o arquivo da música com a guitarra, Wally colocou a bateria e eu coloquei a voz. Todo este processo começou há séculos, quando o Sandy deu a idéia. Mas só semana passada ele mandou o arquivo com a guitarra tocada por ele.  Eu já tinha até desencanado, mas finalmente hoje aconteceu e eu fiquei feliz da vida!  Eu continuo com as aulas de canto, mas não tenho mais a motivação de estar em uma banda, de ter ir um ensaio para ir. Cantar só com o karaokê do You Tube  desanima pois não há a troca que cantar com uma banda possui. Hoje o único integrante do QEQS que estava perto de mim era Wally, que estava comandando a gravação com os equipamentos que ele tem aqui em casa. Só de cantar sabendo que a música estava sendo tocada pelos amigos da banda, já me empolgou.  A música que eu gravei hoje foi 'Cliche', da banda de rock argentina Connor Quest

Este sábado, a monotonia tomou conta de mim. É a quarentena cortando os meus programas, esperando o meu fim. A música do Biquíni Cavadão é a trilha perfeita para o dia de hoje, só trocar umas palavrinhas e pronto. Representa o meu sábado soterrado pelo tédio aqui no meu apartamento. Um dia cheio de horas para preencher e eu sem idéias ou vontade de fazer coisa alguma. Wally trabalhou o dia todo e eu fiquei igual a Lisa, com cara de poucos amigos e querendo que as horas voassem.  Mas claro que elas capricharam na lentidão. Passei o dia fazendo basicamente três coisa: jogando o jogo do gatinho, assistindo seriado e cantando. Tudo feito sem lá muito entusiasmo, até para cantar eu estava sem ânimo.  Mas cantar ajudou a melhorar o meu humor, tanto que estudei de amanhã e de tarde. A música sempre é a minha salvadora! Felizmente dias como os de hoje têm sido raridade na minha quarentena, em geral tenho lidado bem com os dias sem sair de casa. Acho que um diazinho de tédio faz parte, impossív

A pandemia jogou pelos ares os planos de todo mundo. Sejam planos pequenos ou os grandes.  Tudo que a gente pensou em fazer em 2020 já era. Neste momento quem manda é o vírus, enquanto ele estiver por aí não temos como viver plenamente, não temos como realizar nossas vontades, sejam elas pequenas ou grandes. Fazemos o que dá e pronto. E isso vale para tudo.  Nada pode ser vivenciado como se deve, nem a alegria, nem a tristeza. A situação é tão cruel que nem o ritual de se despedir de uma pessoa querida que falece é nos permitido. Nem um abraço de conforto podemos dar hoje em dia! A pandemia amplifica os momentos difíceis, tudo fica mais complicado em horas que já são duras. É uma prova de resistência e de paciência que fica cada vez mais difícil com o passar do tempo. As coisas mais simples, com sair para dar uma volta na rua, viraram uma epopéia por causas das medidas anti-COVID-19. É perturbador não poder simplesmente sair de casa. Sair até que é fácil, o problema é a volta para casa