*Marion e Sua Vida*

Esta foto foi tirada ao amanhecer do dia 1º de março de 2020, no Sambódromo da Anhembi, no momento que a ala das baianas da Águia de Ouro desfilava. Foi um dos momentos mais felizes de 2020, assistir ao vivo o desfile da minha escola do coração no ano que ela foi campeã pela primeira vez! Wally e eu fomos ao desfile das campeãs e foi um momento muito especial. Fiquei emocionada de verdade! Tudo que vivi este ano, antes do mundo fechar por causa da pandemia, parece que foi em outra vida. Tudo parece tão distante e tão impossível de acontecer nos dias de hoje. Tem dias como hoje que sinto uma saudade tão grande de tudo! A vida simplesmente acontecia, o dia a dia de idas e vindas da firma, os momentos especiais, as pequenas viagens, as viagens para visitar a família, encontro com os amigos, idas aos bares, caminhadas pelo parque, o escurinho do cinema, poder chegar da rua e me jogar no sofá sem mais preocupações! Hoje parece que nada acontece e quando acontece dá a maior trabalheira, com

O sentimento mais recorrente que eu tenho sentido nesta pandemia é a raiva. Ela aflora quando saio na rua e me deparo com as pessoas sem máscara, andando por aí como se nada demais estivesse acontecendo. Quando fico sabendo de gente fazendo festinha a raiva também me consome. Aqui no meu prédio também tenho uns momentos cheios de raiva por causa de uns vizinhos irresponsáveis que insistem em não usar máscaras quando circulam pelas áreas comuns do condomínio. Por causa de gente assim, a pandemia vai se prolongando infinitamente.  Estas pessoas têm que entender que ninguém está livre do vírus e que mesmo uma pessoa que aparentemente está saudável, pode estar com o vírus e pode transmiti-lo. E não há como alegar ignorância, pois as informações sobre a COVID-19 são veiculadas incansavelmente o tempo todo por todas as mídias.  Quem não usa a máscara é tão vilão nesta pandemia quanto o vírus. Isso vale também  para quem vai para a balada, quem faz festinha em casa. Hoje o governador de São P

No meu rolê de ontem testei uma máscara que não embaça as lentes dos meus óculos. A Paula deixou a máscara na portaria do meu prédio e pediu para eu testar  a novidade. Fiquei animada com a novidade, pois sair com máscara para quem usa óculos é muito complicado. Foram meses  andando na rua com receio de tropeçar de tanto que as lentes embaçavam! E eu não tenho outra opção, pois sem meus óculos enxergo bem mal.  A máscara que não embaça tem um truque invisível: um 'araminho' entre os tecidos da máscara no nariz, bem ali onde os óculos ficam apoiados. O meu teste foi um sucesso, as lentes não embaçaram uma vez sequer! Fiquei muito contente, finalmente usar a máscara deixou de ser um grande incômodo para mim.  Hoje já encomendei mais máscaras que não embaçam e fiz recall das antigas que agora também possuem esta funcionalidade imprescindível para mim.  Tenho que estar preparada para o retorno a vida 'normal' e ter várias máscaras é fundamental, afinal serão mais de um por

O frio tão esperado por mim chegou  e trouxe uma chuva que eterna. Foram horas e horas de chuva. Dia perfeito para curtir uma preguiça, né?  Mas eu fui passear de carro com Wally. Ele me levou para um city tour pela cidade e acabamos dando um rolê de quase duas horas. Foi bom ver a minha querida cidade novamente. Fazia um tempão que não saía longe de casa. Me fez um bem danado sair do meu universo particular do meu apê.  Foi a vez que passei mais tempo longe de casa desde que entrei em quarentena. Todas as minhas saídas são bem rápidas, tudo bate e volta aqui perto.  Gostei de ficar este tempo fora de casa, vendo outras paisagens e dando um pouco de paz para os Queijinhos. Eles que ficavam sozinhos em casa no mínimo umas 9 horas por dia, agora têm que me aguentar 24 horas por dia, 7 dias por semana! Meus filhotes perderam totalmente os momentos de ficarem sossegados aqui em casa.  Sinto falta da cidade, falta de vivenciar a minha cidade. É um alento poder  passar por lugares que não ve

Hoje o dia foi difícil de vencer. O meu centésimo dia de quarentena pesou. Fiquei impaciente e mais cansada de tudo do que eu já estava. Foi uma sexta complicada, onde o expediente do trabalho pareceu durar uma eternidade. Dia que eu não estava feliz com nada. Mas agora a noite estou bem melhor, nem pareço a mesma pessoa do resto do dia. Foi milagre? Não, foi a magia da música apenas!  Acabei de assistir ao show dos Titãs transmitido ao vivo pelo You Tube. Mesmo eu estando cansada das lives, não perderia da live dos Titãs. Amo esta banda de paixão, já perdi a conta de quantas vezes fui ao show deles.  Eles fizeram meu centésimo dia de quarentena bem melhor. Me fizeram sorrir.  Durante a live deles me deu o clique do que tanto me incomoda nas lives: o silêncio que acontece depois de cada musica. O aplauso faz uma falta imensa! Fica um silêncio bem estranho e incômodo.  Mas é um incômodo que ainda vai ficar pairando no ar por um bom tempo. Um show de verdade vai demorar para acontecer. 

A TV sempre foi muito presente na minha vida, sou noveleira desde sempre. Por causa das novelas tenho até hoje o hábito de assistir tv diariamente. Na quarentena o meu tempo com a TV ligada aumentou bastante. No começo de tudo isso,  largava a TV ligada mais pra fazer barulho e nem ligava para o que estava passando. Mas nos últimos tempos isso está acontecendo bem menos, quando ligo a TV é para realmente assistir algo que me interessa.  Criei o hábito de assistir ao seriado 'The Affair' depois do trabalho. É um momento que me desligo de tudo e foco só na história do Noah, Alison, Cole e Helen. Nem para o celular eu olho.  Há programas que assisto sem estar com 100% de atenção como as reprises de novelas e o 'Mestre do Sabor' que está passando agora enquanto escrevo o post. Fico com um olho no computador outro na TV.   Literalmente vejo o mundo lá fora pela telinha da TV. A minha vida nos últimos meses acontece aqui no meu apartamento, o que acontece lá fora fico sabendo

Olhar Tofu dormindo nesta paz me dá uma invejinha. Antes da pandemia eu dormia assim, bem tranquilinha. Hoje em dia é rara a noite que durma bem. Em geral acordo cansada, como se tivesse dormido poucas horas. Mas como ficar tranquila no meio desta pandemia que parece interminável? Impossível.  Esta semana tive até um pesadelo temático! Sonhei que estava entrando em um ônibus aqui em São Paulo e estavam todos sem máscara! Fiquei apavorada e acordei angustiada. E este é um medo real que eu tenho, medo de enfrentar o transporte público. Tenho muito receio do momento que terei que encarar o metrô novamente.  Além da angústia pela situação em que estamos, acho que o meu sono é atrapalhado porque não me canso de verdade. Mesmo fazendo as caminhadinhas indoor diárias, não chego nem perto do que eu andava na minha vida pré-pandemia. Sem cansaço físico e com tantas incertezas na cabeça, é quase um milagre conseguir dormir bem.  Mês passado até que tive uma trégua com o meu sono, mas agora em ju

A minha estação preferida do ano começou no último sábado, mas nada de frio por aqui. Neste momento, eu escrevo este post com a janela da sala toda aberta e estou de camiseta e bermuda. Se o inverno tivesse começado de fato, eu estaria toda agasalhada e feliz da vida. Agora estou meio contrariada por causa das temperaturas elevadas em pleno inverno.  Já faz alguns anos que o inverno aqui em SP não é mais aquelas coisas. Quando eu era criança, lá nos idos dos anos 70, fazia um frio importante por aqui. Uma delícia. Agora, faz frio  por uns dias  apenas e logo já começa o calorão de volta. Fico bem chateada com isso.  Nunca entendi direito esta felicidade sem fim que as pessoas sentem no verão. O calor só me incomoda. É difícil para mim existir no calor! Ainda mais aqui no meu apê sem poder nem sair para curtir um ar condicionado geladinho do shopping. É, não tenho ar condicionado aqui. Fica bem quentinho o meu lar durante os dias mais quentes. Nada confortável.  Espero ao menos ter uns

Por estar passando tanto tempo em casa, a gente tem prestado mais atenção no que  não está bom. Não que a gente nunca tivesse reparado nos probleminhas, mas a gente notava e esquecia, pois não era algo que incomodasse tanto assim. Mas ficando dias inteiros em casa sem sair, o incômodo eventual vai virando permanente e aí vamos fazendo as mudanças necessárias. Acho que até o fim da quarentena tudo estará nos trinques aqui no meu pequeno lar.  Tudo começou com compras  de utensílios para a cozinha, como escumadeira e panos de prato! Comprei também toalhas para a mesa de jantar, pois as minhas aqui estavam bem velhinhas já. Depois Wally resolveu comprar lâmpadas para deixar aqui tudo mais iluminado. Até um aspirador de pó ele comprou! A nossa última aquisição foi foi um puificador de água. O nosso começou a vazar pela enésima vez que nem valia a pena consertar de novo.  Os pequenos ajustes aqui e ali vão deixando a nossa casinha cada vez mais aconchegante. Mas acho que nossa melhor compra

Acho que já me acostumei, ou melhor, me conformei que atualmente usar a máscara é essencial para sair do meu mundinho protegido aqui no meu apê. Não cogito sair sem máscara. É uma questão de segurança para mim e de respeito ao próximo. É a regra atual e continuará sendo até a bendita vacina for finalmente criada. É o nosso novo normal. É algo tão óbvio que não consigo entender os negacionistas, aqueles que ainda acham que é só uma gripezinha e insistem em sair por aí sem máscaras. Quando vejo as pessoas sem máscaras na rua fico com muita raiva. Este tipo de gente só vai entender a gravidade depois que perder alguém próximo para a COVID-19 ou ficar entubado em um hospital.  Hoje foi dia de passear no supermercado, como todo domingo. E lá me deparei com uma novidade: puxadores das portas da prateleiras refrigeradas adaptados para os tempos de pandemia.  Nada de usar as mãos, é para abrir a porta usando o antebraço. Gostei da idéia, ela é funcional. Deu pra abrir as portas com facilidade

Quando tudo isso passar, eu já tenho um programa marcado com a Carol: feijoada do Armazém Paulista! A gente marcou este rolê logo no comecinho da quarentena, tamanha a nossa paixão por esta feijoada. Sempre quando dava, íamos juntas lá para colocar o papo em dia e saborear a feijoada e as batidas deliciosas.  Nós duas estávamos preocupadas, pois o restaurante estava fechando desde março e sem a opção de delivery. Mas semana passada eles voltaram à ativa!  Hoje foi dia de matar a saudade da feijoada. Wally e eu encomendados na sexta e hoje fomos lá retirar. Claro que aproveitei a feijoada como desculpa para dar uma caminhada pelo bairro. Foi ótimo!  Buscamos cedo, antes do meio-dia, pois hoje Wally foi trabalhar e o expediente começava à tarde.  Adorei o delivery, veio tudo que a gente encontrava lá. Até o caldinho de feijão e a pimenta eles mandaram! Tudo estava muito gostoso como sempre e achei a porção bem servida.  Adorei que veio bisteca e com limãozinho! Nos outros deliveries  de

Desde que entrei em quarentena em 19 de março,  virei a folha do calendário três vezes. A cada virada, me perguntava se passaria todos aqueles dias do mês recém começado em quarentena. Foi assim em abril, maio e agora em junho. Já sei que junho também será 100% em quarentena, não há nenhuma chance de mudança nestes dias que restam no mês. Vamos ver o que julho nos reserva, mas não tenho muitas esperanças que nossa realidade vá mudar.  São três meses em uma rotina sem muita variação: home office, caminhadas indoor, estudar canto, assistir tv, escutar música, cuidar/brincar com os Queijinhos. O grande evento nestes últimos meses é sempre o momento de ir ao supermercado, quando eu saio e posso sentir um pouco de vento na cara e olhar para o lado de fora do meu mundo de isolamento social.  Sempre aumento o caminho do supermercado para caminhar um pouquinho mais ao ar livre. Me faz um bem!  Até o momento estou conseguindo ficar bem com isso tudo. Não surtei e chorei só uma vez por ter medo

Nesta vida de quarentenista, umas das poucas vontades que podemos matar é de comer coisas que gostamos. O termo comfort food nunca fez tanto sentido para mim como agora. É um jeito de alegrar estes dias que não saio do apartamento. Isso me faz muito bem, me faz sorrir e traz leveza aos meus dias de isolamento social.  Hoje o que alegrou a minha noite foi este lindo bolo de chocolate da foto feito pela Doces Afetos , pequena fábrica de delícias da Paula, minha irmã. Cada coisa gostosa que ela faz! Claro que eu tenho uma posição privilegiada e sou convidada para provar as receitas em teste. Mas o bolo da foto não é uma receite em teste, a fase de teste foi há alguma tempo e, claro, eu experimentei e aprovei!  Este post tem toda cara de publipost, mas não é! Fiz questão de comprar o bolo da foto. Fiquei fã o bolo de chocolate que ela faz, doce na medida certa e bem molhadinho. Perfeito!  Os meus próximos dias serão bem doces por causa deste bolo. :) 

Eu estava largada no sofá com os Queijinhos no colo e me dei conta que ainda não tinha blogado. E continuei no sofá curtindo os dois no meu colo. Só fui levantar quando Wally chegou do trabalho, para cumprimentá-lo de longe. Tipo the Sims falando zooom zoom! É muito chato isso, não poder cumprimentar o meu marido direito quando ele chega em casa. O beijo e o abraço só acontece de todo o trâmite de higienização em voga em tempos de pandemia. Agora ele está aqui ao meu lado enquanto escrevo.   O meu dia 91 de quarentena foi bem tranquilo, pois mantive a paz de espirito mesmo com o trabalho pegando fogo com coisas atrasadas. Foi tão bom não estressar! Espero conseguir repetir este feito mais vezes, trabalhar toda zen mesmo estando cheia de encrencas na firma para resolver. Depois de trabalhar estudei as músicas para aula da semana que vem, vi seriado, coloquei os assuntos em dia com mamãe e Paula e acabei largada no sofá toda plena! Este post está basicamente um post sobre nada, pois esto

Quem me conhece, sabe que nunca fui muito fã do sol. Nunca fui uma pessoa de praia e que curtisse ficar torrando no sol. Sempre preferi clima mais frio, sem aquele sol forte do verão. O solzinho de inverno sempre curti, mas nunca fiquei correndo atrás do sol. Nos tempos que ainda ia no escritório, ficava quase todo mundo no sol depois da hora do almoço, menos eu! Eu só ficava lá se alguém dos meus BFFs estivesse lá, pois aí o papo pesava mais que a minha aversão ao sol forte.  Mas isso foi em outra vida. Na minha vida atual de quarentenista em um apartamento sem varanda, os raios de sol são um luxo! Tanto que sinto falta de sentir os raios do sol na cara. Nunca pensei que sentiria tanta falta! E nesta nova realidade eu fico disputando com os meus filhotes um espacinho na janela para pegar um pouco de sol.  A foto que ilustra o post foi turada hoje na minha hora de almoço. Esta imagem registra uma cena recorrente. Basta eu me dirigir para a janela que os dois grudam em mim. Ficam lá mar

Quando se fala de problemas em prédios de apartamentos o assunto dominante sempre é o barulho. Mas com barulho eu não tenho problemas aqui no prédio, nem agora na quarentena. Tem um barulho ou outro, mas são coisas pontuais, afinal todo mundo está em casa na maior parte do tempo. O barulho faz parte da vida. Para eu reclamar,  tem que ser algo épico.  Mas o que me incomoda muito mesmo é cheiro! O meu grande incômodo aqui no meu isolamento é o cheiro de incenso que pesteia o meu apê quase todos os dias. Eu sempre odiei incenso, é algo que sempre me deu dor de cabeça. Ter o meu lar invadido por cheiro de incenso é uma tortura. Pior é não ter como reclamar, como saber de onde sai? O cheiro não deixa rastro. E aqui é um prédio  praticamente colado no outro, olhando pelas janelas eu só vejo as janelas alheias.  Assim, o maldito adorador do incenso pode tanto estar no meu prédio ou em qualquer outro aqui em volta.  Ou seja, só vou me livrar desta tortura quando esta pessoa se mudar.  Este pr

Domingo bem preguiçoso. Tanto que estou de pijama desde a hora que voltei do supermercado hoje de manhã. E estou amando este dia cheio de preguiça, não há nem vestígios de tédio por aqui. É curioso, pois ontem eu tava um tanto bodeada por não ter nada para fazer, mas hoje estou curtindo muito meu dia sem atividades.  De manhã assistir seriado no sofá de sala. À tarde o lugar de assistir seriados foi o meu quarto. Ficamos os 4 largados na cama. Os Queijinhos embarcaram num sono daqueles e ainda estão lá dormindo.  Liguei para minha mãe diretamente da cama também. Pela câmera do celular ela viu os netos felinos  dormindo e adorou!  Agora vim para o sofá blogar e escutar as músicas que eu  deveria ter estudado hoje. Acho que depois de terminar o post vou dar uma cantadinha básica, sem ligar a caixa de som. Nada de perturbar o sossego da vizinhança neste domingo de preguiça.  Acho que o clima frio ajudou bastante. Tá um friozinho aconchegante, daqueles que fazem da nossa cama o melhor luga

A raiva tomou conta de mim hoje à tarde. Da janela do meu apê vi um pessoal fazendo churrasco em um prédio aqui ao lado. Claramente aquelas pessoas não moravam juntas. Claramente era um encontro de amigos que, despreocupadamente, curtiam o momento no meio da pandemia. Aqueles $5*&"* rindo e bebendo cerveja e eu aqui espumando de ódio!  Por causa deste tipo de comportamento a gente vai continuar nesta rotina de isolamento e muita gente vai continuar morrendo. A sensação que eu tenho é que isso não vai passar nunca. Logo eu completarei 3 meses de confinamento no meu apartamento e não tenho esperanças que isso acabe tão cedo. Isso me desanima num grau absurdo.  A única coisa que me mantém livre de um desespero total é que não nos falta nada, nem aqui e nem para minha família. Sei que os amigos próximos também estão bem, apesar de tudo. Este é o meu único consolo. De resto não há onde tirar um fio de esperança. As pessoas estão cada vez mais irresponsáveis, com comportamentos suic

Quando a gente casa, o juiz fala para gente prometer que ficará junto na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença. Hoje em dia deviam atualizar o discurso e fazer os noivos prometerem que ficarão juntos mesmo uma pandemia, tendo que ficar juntos e tempo integral.  É uma promessa e tanto, pois o isolamento requer do casal uma paciência enorme e que se tenha uma enorme empatia pelo outro, senão é stress na certa. Wally e eu estamos juntos quase 100% do tempo, não dá 100% pois ele vai trabalhar na firma em semanas alternadas e eu estou em home office direto.  Mas mesmo assim a convivência é intensa como nunca antes  nestes 19 anos juntos. Até hoje, uma convivência assim só aconteceu em viagens, coisa de não mais de duas semanas. Agora estamos  nesta levada há quase 3 meses! É muito tempo! Antes da pandemia chegar aqui, eu ficava preocupada quando lia notícias sobre o aumento de divórcios na China por causa da quarentena. Mas felizmente a gente está gerenciando

O telejornal das 7 da noite foi desaminador. As pessoas aglomeradas esperando para entrar nos shoppings centers que reabriram hoje, não me surpreenderam. Mas bateu um desânimo enorme! A gente vai ficar preso nesta quarentena por meses a fio!  Esta abertura do comércio é algo totalmente suicida e as pessoas correm alegremente para a doença e a morte!  Qual a necessidade de entrar em um shopping agora? O que de tão inadiável a pessoa tem que fazer lá? Para mim o único motivo de entrar num shopping agora é se você trabalha lá e não tem outra opção além de ir lá cumprir seu expediente para não perder o emprego. Só! Qualquer outro motivo é completamente adiável em um momento onde batemos recordes atrás de recordes de mortos e infectados por COVID-19. E os números reais devem ser bem mais altos que os números oficiais, pois há falta de testes.  Neste momento estou num looping de raiva e desânimo. Difícil manter a esperança em um cenário assim. Eu juro que tento! Me empenho mesmo para não ser

Hoje foi bem difícil me concentrar no trabalho. A cabeça sintonizava em qualquer coisa, menos no trabalho. Nestes 80 e poucos dias de home office, foi a primeira vez que isso me aconteceu. Quando o expediente começa eu sinto que estou na firma mesmo e fico com foco total lá. Mas hoje falhei totalmente, não que não tenha trabalhado, mas foi bem zoado.  Talvez isso tenha acontecido pois hoje foi dia de resolver coisas afetadas pela pandemia. Foi praticamente o dia nacional para resolver problemas! Aí, fiquei bem dividida entre o trabalho e as pendências da minha vida. O saldo foi positivo, deu para encaminhar tudo. Ufa!   Além dos problemas do meu universo particular, os problemas do mundo lá fora também me assombraram. As imagens da reabertura do comércio aqui em SP foram como cenas de um filme de terror para mim. As pessoas fazendo filas para entrar na lojas! A 25 de Março cheia como se fossem tempos normais!  Não entendo esta urgência das pessoas para entrarem em uma lojas, para fazer

Amanhã o comércio vai reabrir aqui em São Paulo. Lá atrás, quando tudo isso começou, eu achava que ficaria entusiasmada quando escutasse esta notícia de reabertura do comércio.  Achei errado.  Hoje sinto uma coisa só: medo!  Tenho medo que esta medida seja precipitada e que esta abertura do comércio piore tudo. Medo que que esta reabertura nos jogue para um isolamento mais restrito e por muito mais tempo. Nem gosto de pensar, pois já cansei mesmo.  Mesmo estando exausta de ficar em casa, nem me passa pela cabeça aproveitar a abertura do comércio. Vou continuar aqui quietinha no meu apê até a firma me chamar para trabalhar de volta no escritório. Não sinto segurança para sair na rua, quem dirá entrar em uma loja sem ter realmente necessidade para isso. Não dá para sair pra ir dar rolezinho no shopping como se nada estivesse acontecendo.  Por mais que o governador e o prefeito afirmem que a reabertura está pautada na estagnação da pandemia por aqui, eu não não consigo ficar tranquila.  O

Percebi que há gente que já perdeu a conta de quantos dias estamos nesta fase de isolamento social. Eu fiz questão de anotar desde o meu primeiro dia por ser uma situação muito fora do normal. É situação que não trará boas recordações, mas é algo que devemos registrar por ser claramente um fato histórico. Assim vou mantendo os posts de cada dia do meu isolamento até ele acabar. É o meu registro informal de um momento histórico absurdamente catastrófico que coincidiu com a minha passagem pelo planeta.  Além da importância histórica, registro estes dias para que eu sempre dê valor  a cada momento quando puder a vida plenamente de novo. Depois de tudo isso, eu tenho que aproveitar cada chance de sair de casa, de estar com as pessoas que eu gosto. Não posso mais me dar o luxo de ser vencida pela preguiça como já aconteceu inúmeras vezes.  Hoje estou aqui cheia de vontades que não posso  realizar. A pandemia nos tirou a liberdade de viver o nosso cotidiano, a nossa vida.  Quando isso tudo p

O  post de ontem não saiu pois a blogueira aqui estava altinha.  Algumas taças de vinho no jantar e eu já era. Sem chances de chegar perto do notebook, pois pilequinho e internet são duas coisas que não pode coexistir, a chande de dar algo errado é grande.  O domingo foi bom, teve meu passeio semanal ao supermercado, com uma escala no apê da mamãe para  Wally arrumar o filtro de água de lá. Claro que ela insistiu a semana inteirinha para eu passar lá também. Fui, mas ela teve que cumprir as minhas exigências: usar máscara também e eu ficaria na cozinha e ela na sala. Assim o distanciamento social foi cumprido com sucesso e a gente se viu ao vivo um pouco. Só os gatos não respeitaram o distanciamento social. Eu amei, claro! Estava morrendo de saudades deles também.  Foi um dia suave, com pizza do sábado no almoço, estudos de música, conversa via webcam com Paula, Tininha e mamãe, fondue com vinho à noite e live da Manu passando no Multishow. Domingo com tudo que eu gosto!   Como o post

Todo mundo faz maratona de seriados, assiste temporadas inteiras em poucos dias. Todo mundo menos eu. Não faço pois não consigo, depois do segundo episódio seguido eu já perco o foco e não consigo mais prestar atenção que está passando na telinha. Já nem tento mais, mesmo agora na quarentena em um sábado como este, sozinha em casa e com tempo de sobra.  Mas esta minha falta de aptidão para maratonar séries cobrou seu preço esta semana. Desde que começou o meu isolamento, comecei a assistir ao seriado The Affair no Netflix.  Resolvi assistir por causa da Joshua Jackson que amo de paixão desde que ele fez o Pacey.  E estava assistindo no meu modo devagar e sempre. O que aconteceu?  O seriado foi retirado do catálogo da Netflix. Tipo, sumiu!   Só não entrei em desespero pois sabia que estava no catálogo do GloboPlay. Hoje já localizei o episódio que eu estava e continuei a assistir. Terminei a primeira temporada e já comecei a segunda. Mas agora estou apreensiva, se eu continuar demorando