Up



Eu já estava praticamente certa que o filme Up ( USA- 2009) não perderia o seu lugar na minha lista daqueles filmes que todo mundo viu, mas todo mundo mesmo, menos eu.  Nem lembro porque não fui assistir ao filme no cinema, suspeito que tenha sido por preguiça. Então o filme saiu de cartaz e o tempo foi passando, passando e eu  fui me conformando que não veria o filme e ponto. Desencanei mesmo. Até que no último domingo, quando   assisti ao filme com o Wally. Vimos pela TV a cabo, o filme passou durante a semana e Wally colocou para gravar.  Que filme lindo e emocionante! Ainda não me perdoei por ter demorando tanto tempo para assisti-lo. Me emocionei muito, até chorei com a história do Carl, Ellie e do gordinho pentelho. Um filme sensível, engraçado e profundo também. Como todo mundo já viu o filme, vou escrever sobre detalhes da história.



Eu não  esperava me deparar com uma história de amor, achava que a história era apenas sobre a relação do Carl, o velhinho meio rabugento, com Russel, o moleque gordinho que ao tentar fazer tudo pra agradar, acaba ficando chatinho. Mas o filme é muito mais que isso, é sobre um amor que durou a vida toda, o amor de Carl e Ellie, que se conheceram ainda crianças, se apaixonaram e se casaram. Juntos alimentavam o sonho de visitar uma cachoeira perdida no meio de uma floresta na América do Sul.  Nunca conseguiram, os eventos do dia a dia sempre fizeram que o casal adiasse o projeto da viagem. Quando Carl decidiu que não podiam esperar mais, Ellie, já bem velhinha, morre. Carl fica só e com culpa, por nunca ter se permitido viver a aventura que ele e a esposa tanto desejavam. Resolve então levar a sua casa para a tal cachoeira, ele amarra balões na casa e voa em direção ao seu sonho, como o intuito de prestar uma última homenagem à sua mulher. 



Ellie, que foi uma criança com muito desejo por aventuras, sempre guardou um livro, o seu livro de aventuras, onde colocou tudo que queria fazer. Era um livro recheado de aventuras fantásticas, a vida que ela queria levar era  uma vida como a do Indiana Jones! Carl guarda o livro e mostra um certo ressentimento por não ter proporcionado à Ellie a vida de aventuras que ela tanto quis.  Mas no fim do filme, quando ele finalmente resolve folhear o livro até o fim, ele descobre que sua mulher teve uma vida plena ao seu lado, que considerou a vida dos dois uma aventura.  Isso me tocou muito, pois enalteceu a beleza da vida cotidiana, a beleza de uma vida a dois, a beleza de viver um amor por toda vida.  Os dois foram muito felizes juntos, mesmo sem conseguir realizar todos os sonhos, a vida deles foi rica, cheia de momentos marcantes. Momentos de muito amor e carinho.  

Esta cena me fez pensar que a gente muitas vezes busca por uma felicidade impossível, almejamos algo irreal, apostando que ali alcançaramos a tão esperada felicidade plena. Perdemos tempo em buscar pelo impossível e muitas vezes não enxergamos que a felicidade já existe em nossas vidas. Com isso podemos não valorizar o que temos e assim não nos permitimos vivenciar uma vida feliz.  Frustrações e problemas todos temos, mas temos que saber conviver com isso, não podemos deixar que os momentos ruins ganhem mais destaque que os bons.  A felicidade está ao alcance de todos. A real felicidade é feita de uma soma de momentos felizes, que colorem nossas vidas e nos dá força para aguentar os momentos complicados. Viver poder, e deve ser, uma linda aventura!


Comentários

  1. Esse filme é muito fofo mesmo! :)
    Beijos!

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  2. eu tb me emocionei demais com esse filme. eu tb costumo postar filmes da série todo mundo viu menos eu. eu tb amei qd ele viu q a esposa completou o livro com a vida linda cotidiana deles. em geral o q mais lembramos das pessoas são momentos cotidianos. sempre lembro das barquetes que minha avó fazia e a mesa toda repleta de familiares enrolando inhoque. ah, e o estrado da cama indo ao chão pq todo mundo sentava na cama depois do almoço. enfim, momentos simples, não grandes viagens, mas inesquecíveis. beijos, pedrita

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