Jogo da vida


Na vida vivemos na busca da realização pessoal, da concretização dos nossos sonhos e anseios. Mas em quando nossos desejos podem magoar ou decepcionar os outros? É uma questão complicada saber quando é hora de pensar só na gente e quando devemos colocar o outro em primeiro lugar. Antigamente os anseios pessoais sempre eram colocados em segundo plano, era evidenciado o papel que a pessoa deveria representar na sociedade. Hoje, ainda que hajam as imposições da sociedade e da família, as pessoas usufruem de uma certa liberdade para guiar sua vida conforme seus sonhos e vontades. Mas não é tão simples, pois as expectativas dos outros podem bater de frente com o que desejamos. E não há como dizer que não se importa com os que os outros dizem, pois se é alguém importante para nós fará diferença sim o que ela pensa de nós, se ela aprova ou desaprova a nossa conduta. Levar uma vida pensando em si, sem se importar com os outros, fatalmente leverá à solidão. As pessoas se afastarão quando perceberem que a outra não se importa e faz somente o que quer. Viver isolado de quem se gosta não faz bem, mas também não é nada saudável viver somente para agradar aos outros, guiando a vida para se ajustar aos anseios dos que gostam de nós. Ao fazer só os que os outros querem de nós , podemos nos tornar frustrados e amargos. Acredito que não dá para ser radical neste assunto, concessões devem ser feitas, mas qual o limite destas concessões? Quando saber que um anseio pode ser deixado para trás, como saber se conseguiremos viver com esta frutração? Quando saber que vale a pena brigar com meio mundo por um sonho? Infelizmente não há respostas claras para estas questões, temos que pesar bem as coisas, refletir para tomar a decisão mais certa, ou que achamos a mais adequada. Como a vida não é um ensaio, não dá para apagar o que se fez, assim ao colocar nosso desejo em primeiro lugar podemos criar várias mágoas que podem ser difíceis de ser esquecidas. As relações pessoais podem ficar estremecidas. Quem resolve fazer o que deseja tem que estar preparado para enfrentar as mágoas e críticas dos outros. Mas ao mesmo tempo, ao deixar de lado um anseio, enfrentamos outra situação difícil, nos deparamos com a nossa própria frustração. Podemos sentir raiva de nós por ter desistido, mesmo que o motivo da desistência tenha sido nobre, sempre restará um ponto de dúvida se valeu a pena seguir por este caminho.
A vida não é fácil mesmo, a cada escolha temos uma renúncia. A vida acaba sendo uma jornada onde temos que aprender a lidar com as nossas frustrações e controlar nossos desejos. Difícil encontrar a medida certa. Difícil saber quando se deve se sacrificar por alguém ou seguir em frente para realizar um sonho sem ligar para que os outros dizem. E só sabemos o resultado da nossa escolha, tanto para nós , como para os outros, no momento que ela é feita. Assim, cada escolha deve ser feita de maneira bem pensada e devemos estar preparados para enfrentar os resultados dela. E encarar de frente, sem fazer papel de vítima. É, o pior de tudo é isso, decidir, não aguentar o tranco e se fazer de vítima da situação. Há que ser corajoso para viver e bastante sábio para saber qual o melhor caminho. Receita não há. E a vida nada mais é que um jogo, onde temos que decidir qual é o melhor movimento para aquela jogada. E realmente eu não tenho respostas para os questionamentos aqui lançados. Será que alguém teria?

Comentários

  1. um amigo indicou um texto sobre relacionamento que eu gostei muito e li essa semana. ele falava sobre várias questões que ajudam ou atrapalham a um relacionamento. q obviamente não há regra, mas conversa. e duas questões me lembraram o seu texto. os exigentes demais e os exigentes de menos. os demais fazem tudo como acham q devem ser e obviamente os outros aceitam tudo. muitos falam no livre arbítrio mas não é bem assim. eu já pensei várias vezes de morar em outro estado, mas sou muito apegada a minha família e não sei se ficaria muito tempo longe dela, pq ela é muito importante pra mim. sempre, pesando, achei que aqui há oportunidade suficiente de trabalho que não justifica viver longe deles. talvez outros fatos masi determinantes eu tivesse decidido ir, mas sempre que analisava a família pesava mais. igualmente outro talvez, se eu morasse em uma cidade sem oportunidades na minha área, tivesse reconsiderado, mas aqui em sampa isso nunca foi necessário. beijos, pedrita

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  2. É difícil isso que você expôs, pois sempre encontramos este tipo de dilema, é difícil.
    Eu tento não pensar muito se não enlouqueço, afinal até hoje já tive que fazer várias escolhas e não foram fáceis, mas posso dizer que o resultado foi ótimo: um casamento de quase 7 anos, dois filhos lindos e um futuro pela frente!

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  3. há que ser corajoso...FATO!

    e como é difícil bater no peito e declarar as decisões q se toma..

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  4. Olha isso vejo todo dia pelas decisoes profissionais que fiz. Nao é facil tem dia q da vontade de xingar o mundo mas as vezes mesmo quase nao ganahndo para mim nao ha coisa melhor que ver uma pessoa superando o seu medo de transformação qdo ve oque é capaz de fazer com um simples pedaço de papel.

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  5. Pedrita eu acho que a gente tem que pesar bem as coisas e não pode se anular por causa dos outros. Mas é preciso coragem para qualque decisão que se tome.

    Sheila, você é corajosa. :)

    Ice, é bem difícil, mas em geral vale a pena!

    Sugar, eu acho que você tá certa, trabalhando com o que gosta. :) E está no caminho certo.

    Beijos

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  6. Patry,

    As escolhas estão presentes diariamente, em nossas vidas, mas acredito que elas ali estão, para que possamos crescer como seres humanos e aprendermos com a vida...Assumir alguns riscos não é fácil, mas há momentos que são recompensadores.

    Belo tema...Obrigada..

    beijos..Tininha

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  7. Tininha, que bom que gostou! Eu também acho, a vida é um consante aprendizado. E temos que ter coragem sim para assumir alguns riscos! :)


    Beijos

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