Ao meu alcance
Ontem saí mais cedo de casa para passar na farmácia antes de seguir para o trabalho. Tinha que comprar coristina para combater uma gripe que anda tentando me pegar desde a semana passada. Entrei na farmácia um tanto receosa, pois não sabia se encontraria o meu santo remédio que me salva dos momentos gripados no lugar de sempre ou teria que pedir para o balconista pegar o remédio na prateleira atrás do balcão. Fiquei aliviada quando vi que ali naquela farmácia tudo continuava como antes, os remédios sem receita à disposição do cliente. Tudo prático e simples como sempre foi. Talvez a farmácia tenha conseguido a liminar na justiça ou mesmo está ignorando a lei inútil para que remédios como coristina e afins ficassem fora do alcance do consumidor. Fiquei com a impressão que o governo tem os consumidores como cretinos, ninguém vai tomar um anti-gripal sem necessidade, a pessoa vai comprar aquele que funciona melhor para ela e pronto. Eu não preciso ir pedir dica para o farmaceutico de qual remédio é melhor eu tomar quando estou mais ou menos. E se a situação aperta eu não vou pedir dica para o farmaceutico, vou direto para o pronto-socorro mesmo. Afinal, quem tem que dizer o que tomo ou não é um médico. Dizem as autoridades que a tal lei foi feita para inibir a auto-medicação. O foco está errado, não é porque o remedinho contra dor de cabeça ficou um pouco mais longe de mim na farmácia que deixarei de comprá-lo. A lei só vai me fazer perder um pouco mais de tempo na farmácia, o que é um transtorno quando se vive numa cidade como São Paulo, onde cada minuto é precioso para que a gente consiga cumprir os compromissos de cada dia dentro do horário. O que tem que inibir é o costume da pessoa chegar na farmácia falar que está com dor aqui e ali e o cara do balcão, que muitas vezes nem tem formação de farmaceutico, receitar um remédio para a pessoa em vez de orientá-la à procurar um médico. Se a lei obrigasse as farmácias a fazer algo básico como exigir receita médica para toda compra de remédio necessite de receita conseguiria atingir seu objetivo. O que vemos é que não há fiscalização. Você compra facilmente um remédio com tarja vermelha em qualquer farmácia. Basta saber o nome do medicamento, ninguém vai exigir a receita. Assim o cidadão se acostuma a comprar o remédio que um médico receitou há séculos para ele, só porque acha que os sintomas que sente são do mesmo problema que teve quando passou no médico da última vez. Isso sim é hábito perigoso para saúde e não o fato de ter acesso livre à prateleira do anti-gripal. Criou-se uma lei para atrapalhar a nossa vida quando era apenas necessário se fazer cumprir uma lei já existente. Pensar em fiscalizar as farmárcias para ver se as receitas são exigidas nem pensar, né? Mais fácil inventar uma lei nova para fazer auê e aparecer nos noticiários. Político que precisa de holofote a todo custo é um horror. Bom, vou torcer para que a farmácia aqui perto continua à rebelia da lei, e que eu possa pegar na prateleira o que preciso e passar no caixa bem rápido como sempre fiz. Sem perder tempo, sem precisar esperar alguém para me atender ou ainda ter que aturar alguém querendo me indicar outro remédio.
Uau!! adoro o senso critico que a Marion tem, aqui em manaus as farmacias adequaram a lei, se nao me engano so uma rede mantem o padrão antigo.
ResponderExcluirDe qualquer forma, não é mudando o remedio de lugar que as pessoas deixaram de tomar
valeu marion"
Concordo com tudo o que você disse. Só tem uma coisa que não me anima nessa história de precisar de receita: muitas vezes vamos ao médico (acho que na maioria das vezes até) e eles receitam qualquer coisa sem mal conversar com a gente, sem examinar direito. Uma vez Gabriel gastou 100 reais em remédios depois de uma consulta relâmpago (o médico mandou ele abrir a boca e antes dele abrir direito, o cara já tinha olhado e se afastado!) E já aconteceu de eu sugerir um remédio parecido que já tinha em casa, e o médico concordar. Ou seja, tem situações que eu acabo mesmo comprando por ter sintomas parecidos com uma doença anterior, simplesmente pra não perder tempo indo até o pronto socorro e saindo com o mesmo nome de remédio que eu já pretendia tomar...
ResponderExcluirO trabalho dos médicos tem que ser mais sério também, passar mais confiança. Pra mim eles não passam. Só vou ao médico, quando sei o que tomar, quando preciso de atestado...
Beijos!
há pessoas q tomam remédios inadvertidamente. e essas em geral conseguem receita pra qq remédio pagando algum "médico" ou mesmo comprando receita falsa. há um mercado promissor de receitas falsas, até mesmo pra abonar falta no trabalho. dificultar alguns remédios até entendo, mas quem quer comprar, quem viciou em alguns remédios, consegue de qq jeito. beijos, pedrita
ResponderExcluirGammelo, que bom que gosta ... tem coisas que me tiram do sério mesmo, como leis inúteis.
ResponderExcluirRê, você tem razão tem muito médico que não tá nem aí para o paciente. Eu tenho medo de ficar doente e ser atendida por uma médico que não presta. O melhor mesmo é rezar para não ficar doente.
Pedrita, concordo com você.
Beijos