Português







Eu tento escrever e falar corretamente, respeitando as regras da gramática do nosso idioma. Na escola fui sempre uma boa aluna de Português, tirava notas boas nas provas de gramática e sempre fui boa de ditado. Mas nunca gostei de falar e escrever de maneira rebuscada, me expresso de maneira casual, sendo coerente com o meu jeito de ser.  Mesmo casual, não abro mão de me expressar corretamente em meu idioma.  Mas sei que dou umas escorregadas, afinal não sou o Prof. Pasquale e estou há anos longe da escola. Mesmo assim sei que falo e escrevo mais certo do que errado. Saldo muito positivo. Ufa!

Numa conversa com o Wally sobre o uso do "porque" me peguei pensando que hoje eu falo um Português que é só meu. As minhas experiências de vida me deram um vocabulário particular e as regras gramaticais que eu obedeço são as que aprendi na escola. Ignoro solenemente a reforma ortográfica. Não me importo, para mim o certo é como eu aprendi a escrever e ponto. Por isso acho que falo de um jeito só meu mesmo. Acho que todo mundo deve ter um pouco disso, ninguém fala igual a ninguém. Falar acaba sendo uma marca pessoal, mas isso não pode servir de desculpa para atropelar a gramática.

Hoje em dia noto que além das mudanças na ortografia promovidas pelo governo, há  muita "novidade" na nossa língua. Palavras que eram consideradas incorretas, como elefanta, hoje em dia são consideradas corretas, tanto que são usadas pelos meios de comunicação numa boa. Fico pensando se houve alguma outra reforma no nosso idioma desde que eu saí do colégio e eu não fiquei sabendo ou se simplesmente de tanto as pessoas falarem errado, o errado foi considerado certo. O que é péssimo. Mas o que esperar de um país onde há livros didáticos de gramática que pregam que falar errado é aceitável !!!??? E que não se pode corrigir uma pessoa pois isso é preconceito lingüístico! Um absurdo total.  Hoje parece que a ignorância é aclamada, falar errado não é mais considerado motivo de vergonha , é considerado marca de personalidade! Não consigo aceitar isso, temos que  incentivar as pessoas a falarem corretamente e não aplaudir os erros. Tudo errado.

Infelizmente cada vez mais as pessoas falam de qualquer jeito, ignorando as regras. Estamos em um vale-tudo lingüístico. Triste e assustador. O que será do nosso idioma no futuro?  Prefiro nem pensar.

Comentários

  1. eu sempre tive dificuldade nas aulas de português. mas eu atualmente acredito que muito do que aprendemos na escola depende do professor. eu não ignoro a reforma pq não posso, profissionalmente tenho q usá-la. então desde q saiu eu já uso para me adaptar, mas volte e meia me confundo achando q mudou de um jeito e mudou de outro. tem um dicionário com a nova ortografia na uol, o aulete e volte e meia vou checar lá. essa mudança ortográfica foi definida pelos países de mesmo idioma. queriam unificar para trocar mais produtos. o q claro, não aconteceu. os filmes portugueses continuam desconhecidos no país, bem como os livros da angola, etc. beijos, pedrita

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  2. Pedrita, a reforma ortográfica foi uma grande balela. Pois o que separa os países que falam Português, não é a ortografia, mas o vocabulário. O jeito de falar é muito diferente e isso que afastam os povos.

    Beijos

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  3. Eu acredito que esses "dialetos" pessoais de cada um não são erros, mas existem situações em que um português mais correto é essencial. E além disso, não vejo nada de mal em falar errado se isso é resultado da história de vida da pessoa, mas a partir do momento que se descobre que fala errado, tem que corrigir né? Cansei de ver gente dizendo "eu falo assim mesmo e todo mundo entende, pra mim tá bom". Pra mim isso é assinar atestado de ignorância e ainda ter orgulho disso...
    Beijos!

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  4. O português é um idioma difícil mesmo, Patry, e eu às vezes também derrapo na ortografia. Assumo isso sem medo, nem vergonha... rsrsrs. Mas, ao mesmo tempo, é uma língua muito rica, com um vasto vocabulário e muito sonora. Tento ter alguns cuidados na hora de escrever, mesmo em mensagens informais, que a maioria das pessoas não tem. Por exemplo, não começo as frases com pronomes. Nunca! Sei que fica parecendo formal demais, mas tento evitar.
    Beijinhos.
    Mari

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