Ciclovias Inseguras
Av. Rouxinol |
Há poucas semanas comecei a andar de bike nas ruas do bairro. Wally sempre me acompanha e me dá dicas de como pedalar sem me arriscar e sem prejudicar o trânsito. O destino é sempre o mesmo: O Parque do Ibirapuera! Já estava me acostumando com o caminho de casa até lá, mas agora que estou no apê reserva, do outro lado do bairro, tive que começar do zero. Novo caminho, novas dificuldades.
Na teoria, o caminho saindo aqui do apê reserva para o para o parque deveria ser melhor e mais seguro, pois uso as duas ciclovias que têm aqui no bairro, na Av. Rouxinol e na Av. Pavão. Na prática, me deparei com ciclovias em um estado péssimo de conservação, que faz com o ciclista pedale em clima de inseguraça. Há muitos buracos em todo percurso e, em vários pontos, a inclinação na ciclovia é muito acentuada. Difícil de pedalar por ali. Morri de medo na primeira vez que andei de bicicleta nestas ciclovias, medo de cair nos buracos! Praticamente se anda em zig-zag, impossível andar em linha reta tamanha a quantidade de buracos e elevações na pista. A foto que ilustra este post é de 2011 e mostra um trecho da ciclovia da Rouxinol. Hoje está bem pior.
A minha crítica à Prefeitura da cidade não é pela iniciativa de implantar as ciclovias pela cidade, o problema é fazer isso de improviso. Vemos por toda cidade muitas ciclovias em lugares inadequados, atrapalhando o trânsito e os pedestres. As ciclovias têm que ser integradas ao trânsito e não ser algo prejudique. É necessário também criar uma rotina de manutenção das ciclovias. O que adianta alardear que estão sendo implantados centenas de quilômetros de ciclovias, se estas colocam em risco a segurança do ciclista? Tem que fazer direito, não mirando apenas na quantidade. Falta ainda um programa para educar motoristas, ciclistas e pedestres de como se comportar em áreas onde há as ciclofaixas, para que a integração seja bem feita e não coloque em risco a segurança de ninguém.
Em San Francisco as bicicletas estão bem integradas ao trânsito, as bike lanes estão por todo lado e motoristas e ciclistas se respeitam, fazendo o uso de bicicletas uma alternativa segura de transporte. Lá eu pedalei em avenidonas e numa estrada! E me senti segura, pois senti que os motoristas me respeitavam, ninguém tentou me me pressionar no trânsito, como já aconteceu algumas vezes por aqui. Alguns motoristas forçam a passagem, intimidam mesmo o ciclista. Dá medo. Todas vezes que isso aconteceu, eu parei e deixei o motorista intimidador seguir o caminho dele bem longe de mim. Por isso, seu prefeito, entenda que não adianta só pintar as ruas de vermelho, é preciso educar os motoristas, é preciso fazer que os motoristas respeitem os ciclistas e é preciso educar os ciclistas para que andem com segurança e para que respeitem as leis de trânsito. Será que um dia verei aqui em São Paulo a harmonia entre bikes e carros que eu vi lá em San Francisco?
são como os corredores de ônibus. aqui existe o corredor, mas os carros podem parar, então os ônibus não usam o corredor, mas a metragem consta como se existisse. e sem uma campanha, não só para proteger ciclistas, campanha de educação no trânsito de respeito a todos, não se vai muito em frente. eu mesmo dirigindo costumo deixar os intimidadores passarem. não gosto de violência no trânsito. beijos, pedrita
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