Equilíbrio
Só o amor não basta para que um relacionamento seja feliz. Não adianta o amor ser grande se o casal não encontra um equilíbrio e a falta do equilíbrio gerará cobranças que logo se transformarão em sofrimento e mágoa. Não, não estou me referindo ao sexo. Me refiro à necessidade de atenção que as pessoas têm, simplificando em uma palavra: carência. Quem ama quer ser amado, quer receber atenção e carinho. Isso é perfeitamente normal e é o que esperamos receber de quem nos ama. Mas quando a necessidade de atenção é muito grande em um dos lados, pode gerar um abalo no relacionamento. As pessoas não amam da mesma maneira, uns gostam de um amor mais distante, sem muito grude, outros precisam da pessoa amada bem juntinho e tem a turma do amor egoísta, que só se importa com o que sente, sem tentar entender as necessidades e anseios do outro. As pessoas não podem estar disponíveis para suprir a carência do outro o tempo todo, tem que ter espaço para viver suas vidas. Alguém carente em demasia pode minar uma relação ao exigir uma atenção exagerada do outro. Exigir que o outro esteja sempre lá. E mesmo que o outro assim o faça, nunca consiguirá suprir a carência. Pois na verdade esta carência é reflexo da insegurança do outro, que precisa ter a confirmação dos sentimentos do ser amado a todo instante. Se o carente não consegue perceber que ele tem este problema de insegurança, provavelmente o relacionamento vai ficar conturbado. Pois o ele continuará a exigir uma atenção desmedida que o outro não pode dar. E assim o amor pode ser sufocado e perde a alegria e a espontaniedade. Uma relação onde a gente tem que medir as ações é quase uma prisão e assim ninguém é feliz. O equilíbrio é difícil de conquistar, é preciso de vontade de ambos os lados para que as coisa se ajeitem. Mas para isso é preciso humildade para que cada um reconheça seus defeitos e tente melhorar. Amar é ceder, tentar mudar, tentar entender o outro, mas ao mesmo tempo é preciso saber dosar estas mudanças para que a pessoa não se transforme num outro, num estranho e aí o amor perderá o seu alvo. No final das contas, o saldo tem que ser sempre positivo, os sacríficios e esforços são importantes, mas os momentos alegres têm que ser superiores, senão não vale a pena.
Nota da blogueira: Este post foi inspirado neste post AQUI. E eu não falo só na teoria sobre carência, pois eu sou carente ( infelizmente !) e luto para que a carência não atrapalhe a minha vida. E acho que estou conseguindo segurar a minha carência.
Nota da blogueira: Este post foi inspirado neste post AQUI. E eu não falo só na teoria sobre carência, pois eu sou carente ( infelizmente !) e luto para que a carência não atrapalhe a minha vida. E acho que estou conseguindo segurar a minha carência.
o ideal romântico traz a premissa de que o amor e o casal se suprem totalmente. vejo muita gente viver para o amor e somente para o amor e o amado e isso destrói qualquer relação. é preciso continuar a viver a vida como antes do relacionamento. até há uma acomodação e entendimento das partes, uma mudança em alguns programas, mas não abandono da vida fora da relação. pq isso sufoca realmente. pq ninguém supre o outro integralmente. há os amigos, a vida profissional, a família. e cada um nos preenche de alguma forma. sufocar o amor como o único resolvedor de nossos sentimentos faz a relação ficar insuportável. mas no amor é preciso tb dedicação. não pode um sempre ceder e aceitar o pouco afeto e atenção do outro. quando um não está predisposto a doar, a se entregar, a dividir, a relação tb fica muito difícil. beijos, pedrita
ResponderExcluirOlha, esse foi um dos posts mais legais que vc já escreveu. O bom é reconhecer que é carente, já é um bom passo pra frente e tentar controlar é a coisa mais difícil.
ResponderExcluirBeijos
Pedrita, adorei seu comentário. É necessária uma adaptação à vida de casado, sem que ninguém se anule. É uma adaptação delicada, mas que é vital para a saúde do casamento.
ResponderExcluirDany, que bom que gostou! :) Reconhecer um problema é sempre o primeiro passo!
Beijos
Como dizem o amor é simples. E muito complicado... E acho que a palavra é mesmo equilíbrio, porque a carência está a um passo do egoísmo.. Experiência própria. :-( E o oposto é muito ruim também. Quando a independência anda lado a lado com a indiferença, não tem como alguma coisa dar certo. Bjos...
ResponderExcluirconcordo plenamente. isso de que o amor só não basta pra manter um relacionamento e de como cada um ama de um jeito e quer se relacionar de um jeito sempre me intrigou muito...
ResponderExcluirTambém acho que devemos tener o valor de admitir que, nao sempre, mas em determinados momentos, podemos ficar carentes. Algumas fases na vida pode deixar carente até os mais durões. Beijocas.
ResponderExcluirMari
pois é...por mais triste q seja..as vezes a gente tem q admitir q só amor não basta..tem muuuuuuuuito mais coisa envolvida em um relacionamento.
ResponderExcluirTô sabendo que a "possibilidade" da minha visita gerou um maior desenvolvimento culinário no encontro? hahahahahahaha... olha vcs deturpando minha imagem... ai ai ai... hohoho
ResponderExcluirA propósito, é nóis no dia 18, beibe!!! OREMOS!!!
Tak, concordo com vc. Carência tem tudo a ver com egoísmo.
ResponderExcluirLu, só o amor nunca bastou.
Mari, Também acho que temos fases de carência atacada.
Ice, relacionamento é algo requer muitos cuidados.
Demian, você perdeu as tortinhas!!!! E vc é comilão sim!!!
Beijos
Ontem assisti a um episódio de House em que Foreman disse pra Cameron que o casamento dela não foi um relacionamento real porque o marido morreu dali um ano e ela sabia que a doença o mataria. Ele dizia que relacionamentos não podem ter data de validade, que só saberemos o que é um relacionamento de verdade depois de passar 30 anos convivendo com os defeitos do outro. Achei lindo isso. Ao mesmo tempo em que joga no lixo a idéia de príncipe encantado e final feliz, mostra que a conquista verdadeira está na harmonia conseguida entre duas pessoas diferentes - e mesmo que sejam muito parecidas, ainda assim serão sempre diferentes. O item "carência" é só um dos que enfrentamos, e claro que um desequilíbrio grande vai estragar tudo, assim como um casal onde um é muito baladeiro e outro muito caseiro, por exemplo. Mas se o amor existe de verdade, então a doação e compreensão também passam a existir, tornando a adaptação possível.
ResponderExcluirBeijos!
Rê, gostei desta linha de pensamento. E concordo com vc, que só com muito amor a adaptação de um casal é possível.
ResponderExcluirbeijos