Relíquias Pessoais
Quando li o post do Rodrigo onde ele convoca os amigos blogueiros para postarem sobre alguma relíquia pessoal, eu resolvi que participaria logo de cara, mas pensei que demoraria um pouco para encontrar alguma relíquia minha aqui no apartamento. Que nada! Hoje cedo me dei conta que uma das minhas mais preciosas relíquias fica na sala do meu apartamento e eu olho para ela todo santo dia. É a caixa de som, ou o auto-falante como se falava antigamente, da Sony de 1985. Na verdade são duas, que ficam dispostas ao lado do rack da tv. Estas caixas foram compradas com um aparelho de som, também da Sony, pelo meu pai. Lembro bem deste dia, eu fui com ele e a compra foi feita numa loja especializada em equipamentos de aúdio, a Bruno Blois que ficava no centro de São Paulo. Meu pai pesquisou bastante para escolher o melhor equipamento, para que ele pudesse ouvir seus discos de música clássica com bastante qualidade. As caixas de som não faziam parte do conjunto do aparelho, tanto que o vendedor ficava insistindo para que ele comprasse as que originalmente vinham com o equipamento, pois eram as que combinavam (esteticamente falando) com todo o resto. Mas meu pai nem quis saber do detalhe estético, ele queria mesmo era um equipamento com um som de qualidade. E assim saímos da loja com o nosso novo aparelho de som e ansiosos para chegar em casa em montar o aparelho. Eu sempre o ajudava a montar os aparelhos de som, conectar os cabos, colocar as rádios na memória (tudo era analogico na época) e todos os demais ajustes necessários para ligá-lo e colocar o som no último volume.
O conjunto era composto de toca-discos, toca-fitas e um receiver com rádio. Eu gravei muita fita cassete com este aparelho, dezenas de fitas com as minhas músicas preferidas, gravadas de LP´s, do rádio e de CD´s. Algum tempo depois o aparelho de som recebeu um item a mais: um CD player da Philips ! O primeiro fabricado no Brasil. Meu pai era um entusiasta do disco laser, como era chamado na época. Comprou CD Player e um monte de CD´s de música clássica e dos Beatles. Eu lembro que na época eu não fiquei muito animada não, pois eu queria ter um video-cassete e além disso havia poucos títulos de música pop em CD. Mas isso passou logo e eu vi como era bacana e prático aquele novo jeito de escutar música. Vez ou outra ele trazia um CD para mim, alguns ele acertava, outros eram um tanto estranhos, como uma trilha de um filme obscuro sobre ets. Mas o que valia era a intenção e todos os CD`s, mesmo os estranhos, estão guardados na casa da minha mãe.
O equipamento está fora de uso, meio baleado pelo passar dos anos e pelos acidentes de percurso, como receber "banho" de tinta por exemplo. Mas eu tenho muito apreço pelo equipamento, pois me traz recordações do meu pai, de como ele me ensinou a gostar de música. Por causa do meu pai eu sou uma pessoa apaixonada por música. E este aparelho de som participou ativamente desta história toda e pretendo ficar com ele por perto o resto da minha vida.
Eu gosto dessas reliquias, o valor sentimetal delas supera qualquer desconforto por ter um "trambolho" em casa ou coisa parecida. Uma das coisas q guardo com carinho eh um gorro de trico branco q minha avo (q nao conheci) fez pra minha mae, e acabou ficando comigo. Sao otimas lembranças de momentos, pessoas ou da nossa propria formaçao, sem essas memorias a vida perde sua importancia! Beijos!
ResponderExcluir(perdoe a falta de acentos, eh mto dificil digitar deitada com o pczinho na barriga, hehehe!)
eu é o meu violão que era da minha mãe. beijos, pedrita
ResponderExcluirpoxa, não consigo me lembrar de nada agora, além dos muitos cadernos que tenho guardados que eu usei pra escrever diário, hábito q mantenho até hoje... isso conta?
ResponderExcluirlegal o aparelho de som velhinho! toca-fitas já virou coisa da idade da pedra... rs
beijo!
Não existe nada melhor do que recordações, e quando é um objeto que além de lembrar alguém que nós amamos, é algo que marcou a nossas vidas... aí é melhor ainda. Eu guardo tanta coisa, que você nem pode imaginar. E meu marido é como eu, ou seja, basta um gesto afetuoso de alguém especial que nós guardamos, e depois abrimos as caixas e relembramos os momentos e as pessoas especiais.
ResponderExcluirComo dizem por aí, relembrar é viver!
Rê, eu concordo com você. O valor sentimental é muito importante.( Ah, eu até hoje não sei escrever direito no micrinho!)
ResponderExcluirPedrita, gosto de instrumentos musicais, apesar de não tocar. Eu tinha uma harpa paraguaya, linda, hoje está na casa de um tio meu, está bem cuidada e guardada, pois eu não tinha espaço pra ela aqui.
Lu, claro que o diário vale!Eu quase coloquei aqui a foto do meu primeiro diário, que comecei aos 14 anos e tenho ele, e todos os outros, bem guardados!
Aline,eu guardava muito mais coisa antes, com ás várias mudanças de casa que em passei aprendi a me desfazer das coisas, mas ainda guardo bastante coisa. Sou assim como seu marido!
Beijos
Nossa, eu como amante de velharias estou cheio de relíquias relacionada a música (Tenho dois órgãos simuladores de Hammond dos anos 70, além dos vinis..) Alias, comprei muito disquinho lá na Bruno Blois! A que ficava do lado do Museu do Disco, perto do Mappin!!!!Bjo!
ResponderExcluirEu, como sou meio andarilha, nao tenho mais guardado nada de estima minha. Já tive alguns objetos assim, mas por uma opção de vida, aprendi a abdicar dessas coisas.
ResponderExcluirBeijinhos.
Maru
Tak, eu comprei muita coisa no Museu do Disco! Que saudades!!!
ResponderExcluirMari, hoje eu guardo bem menos coisas que antes, falta espaço!
Beijos