Total Recall - 2012
Como grande parte dos filmes que falam de futuro, "Total Recall" (Canadá/USA - 2012) nos mostra um futuro catastrófico, onde praticamente o mundo todo foi devastado por guerras, sobrando apenas dois territórios, um de primeiro mundo no hemisfério norte e outro miserável, no hemisfério sul, que é explorado pela parte rica do planeta. A parte pobre é chamada de Colônia e de lá saem os trabalhadores que todos os dias literalmente atravessam o planeta para trabalharem na parte rica. Nosso herói, Douglas Quaid (Colin Farrel) é um destes trabalhadores e está desanimado com a sua vida, afinal ele é praticamente um escravo, só faz trabalhar e trabalhar. Para tentar se consolar da triste vida que leva, um dia ele resolve procurar a "Total Rekall", empresa que implanta memórias inventadas de acordo com o desejo do cliente. A idéia é ter a sensação de ter vivido uma situação, mas sem de fato tê-la vivenciado. Douglas decide fazer o tal procedimento, acha que é o melhor jeito de aliviar a alma e aí começam as aventuras do filme, ele se vê envolvido numa trama de espionagem cheia de reviravoltas e perseguições, sem saber se é verdade ou se é apenas as lembranças que ele comprou.
Este filme é um remake de um filme lançado originalmente em 1990, comentei sobre ele neste post. Eu estava bem curiosa, pois sou fã do filme original. Eu gostei muito da refilmagem, o filme ficou bem atualizado e com cenários bonitos e instigantes. Houve algumas pequenas mudanças no roteiro, em vez de se passar em Marte, a história agora se passa na Colônia, a parte pobre do planeta. O contexto é o mesmo, o povo que vive na Colônia é oprimido pelo governante da parte rica e há um grupo revolucionário que luta pela independência do território. Douglas, depois do procedimento na "Total Rekal" se descobre envolvido com o grupo de revolucionário e começa a descobrir uma parte obscura de sua vida. Mas não vou contar mais nada para não estragar o filme para quem ainda não viu.
O filme tem muitas cenas de ação bacanas, mas em alguns momentos fiquei com uma sensação meio desagradável de 'dejavú', não que as cenas me remetessem ao filme original, o que faria todo o sentindo, mas algumas cenas me fizeram lembrar de outros filmes, como os filmes do Jason Bourne e Guerras nas Estrelas. Mas o que mais me incomodou mesmo foi o fato da mocinha e da vilã do filme terem o biotipo muito parecido. Nas cenas mais rápidas às vezes fiquei confusa, sem saber quem era quem. Deviam ter ao menos pintado o cabelo de uma delas de uma cor diferente.
Gostei muito do filme, mas o filme original ainda vai ter a minha preferência, pois ele consegue algo que este não conseguiu. Eu até hoje não cheguei à conclusão se o que aconteceu no primeiro filme foi resultado da memória implantada ou de fato a vida do Douglas sofreu toda a reviravolta. Nesta versão de 2012, eu saí do cinema convicta de que tudo aconteceu de fato, que não foi fruto das memórias compradas pelo Douglas. Isso fez o filme perder um pouco do impacto para mim.
não li em detalhes pq gosto muito do gênero, vou ver qd passar na tv a cabo. beijos, pedrita
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