Paper Towns




Eu já tinha ouvido falar sobre o sucesso dos livros do autor norte-americano John Green. Mas não tinha me interessado. Este interesse começou quando amigas próximas começaram a comentar sobre os livros. Todas com comentários entusiasmados e na mesma semana. São amigas que não se conhecem e que sei que posso confiar no gosto literário delas. Então, depois de tamanha coincidência, achei que o universo estava mandando uma mensagem para mim, me dizendo que eu deveria ler algum livro do John Green.  Resolvi seguir o conselho do universo e escolhi o livro "Paper Towns" para ler. 

Li o  livro na versão digital, via Kindle. Basicamente li o livro no ônibus, no trajeto casa-trabalho-casa.  Li algumas vezes em casa e terminei o livro na quinta à noite, antes de dormir.  Enrolei um pouco para terminar a leitura, pois me encolvi muito com a história e não queria ficar 'longe' do Quentin e seus amigos.  Sempre que me envolvo muito com um livro, fico num dilema, dividida entre terminar logo para saber o que acontece no final ou ler mais devagar parar ficar um pouco mais vivenciando aquela história. 

O livro é narrado por Quentin, um adolescente que vive na cidade de Orlando na Flórida e que está no último ano da escola. Ele é um garoto do bem, estudioso, meio-tímido, que não tem namorada e que nutre uma paixão pela vizinha Margo desde a infância.  Ele e Margo foram amigos quando eram crianças, mas o tempo passou e ela virou uma das meninas mais populares da escola e passou a ignorar o amigo de infância.  Quentin ficava na dele, amando Margo à distância até a noite em que ela entra pela  janela  do quarto dele e o leva para colocar em prática um plano de vingança. Esta noite será marcante na vida de Quentin, ele sai da sua zona de conforto e vive coisas que nunca pensou em fazer. Ele é todo certinho, adoravelmente certinho, é bom dizer.  Depois da noite de aventuras, Margo some, aparentemente fugiu de casa.  Quentin então fica obcecado em encontrá-la.

Margo é uma personagem-fantasma, pois somente sabemos sobre ela através das lembranças de Quentin e das coisas que ele vai descobrindo sobre ela durante sua jornada em busca de sua amada. A personalidade dela vai sendo desvendada aos poucos, mas nunca nada muito claro, Quentin se dá conta que o que ele e os outros sabem são versões particulares da Margo, ou seja, ela se mostra de um jeito diferente para cada pessoa com quem se relacionou. Não que ela seja falsa, mas cada um conhece apenas uma faceta dela. E se pararmos para pensar, a gente é assim também. O que os outros têm de nós são apenas fragmentos de nosso personalidade, raramente nos mostramos inteiros para alguém.  
Não pensava que um livro sobre adolescentes pudesse tratar de questões tão profundas. A história nos traz muitos questionamentos sobre a vida e de como nos portamos diante do que a vida nos oferece. Será que vivemos pra valer ou apenas  seguimos o fluxo?  Outro ponto que gostei muito foi quando Radar, amigo do Quentin,  diz que o erro de todos é esperar que as pessoas se comportem de acordo com nossas expectativas, que isso é o que gera as decepções. Que temos que gostar das pessoas do jeito que elas são, pois ninguém muda. Temos que aprender a lidar com os defeitos dos outros.  Radar fez Quentin e eu refletirmos muito sobre isso. 

Uma das coisas mais bacanas do livro é ter sua narrativa entrelaçada ao poema " Leave of Grass" do autor Walt Whitman. Quentin lê este poema  ao longo do livro e a cada leitura, vai descobrindo  novos significados para aqueles versos. Com o protagonista vamos devendando aquelas palavras, percebendo que as coisas podem ser bem mais profundas do que parecem. 

Eu me envolvi muito com a história, com os personagens. O livro é profundo e divertido. Os amigos do Quentin são ótimos, Radar e Ben me fizerem rir bastante.   Adorei e estou estou curiosa para ler os outros títulos do autor. 





Comentários

  1. Fico feliz de ter contribuído para essa leitura tão gostosa! John Green é demais mesmo! O que mais gostei dele foi "A Culpa é das Estrelas". Se puder, leia esse também, é maravilhoso.
    Beijos!

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