Sam, Diabetes e Eu !

Sam e Frodo




Há 6 meses  recebi o diagnóstico que o Sam sofria de diabetes. Na época fiquei desesperada, pois acreditava que seria um tormento  aplicar a insulina, cuidar da alimentação dele direitinho e medir a glicemia.  No começo foi mesmo, mas agora tudo já faz parte do nosso cotidiano.  Ele já se habituou à rotina das injeções de insulina (duas por dia!) e à medição diária de glicemia, o que significa ao Sam ter sua orelha furada para colher o sangue. Ele se acostumou e eu também. Não reclamo de ter que cuidar dele, de ter que respeitar religiosamente os horários da insulina. Claro que preferiria que isso não tivesse acontecido, não quero o meu gato doente, mas já que isso aconteceu, tenho que lidar da melhor forma possível. 

Para minha surpresa, estou lidando muito bem com tudo isso. Já não me desespero mais quando a  glicemia sobe muito. Já encaro como parte da doença dele. Acontece. Também não o trato  de maneira diferente do Frodo.  Se aprontar, leva bronca, igual ao irmão.   E apronta, viu gente?   E vê-lo aprontar hoje em dia é um bom sinal, sinal que ele está bem disposto, apesar de tudo.  

Confesso que as minhas esperanças que a diabetes do Sam regrida são menores a cada dia. No fundo do meu coração tem uma fagulha de esperança, que torce por um milagre, mas a minha parte racional já sabe que dificilmente isso vai acontecer.   A diabetes entrou na vida dele e na nossa, pra ficar.  Não é um fardo, é um ato de amor. Cuidar dele é um ato de amor. Não falo isso para fazer média não, tanto que, até isso me acontecer, eu não entendia como as pessoas podiam  aguentar um dia a dia puxado de ter um bichinho em casa precisando de tantos cuidados. Eu achava que era um cotidiano de tristeza. Hoje sei que não é. Há dias ruins, outros melhores e até dias em que nem parece que o meu Sam tá doente.  Mas tratar dele me traz mais paz do que tristeza.  Coisas assim a gente só descobre quando vivencia.  

Felizmente, a mudança para o apê reserva não mexeu com o índice de glicemia dele. Fiquei com medo que o stress da mudança fizesse a glicemia disparar, mas   continua na média de sempre. 

Em breve ele fará novos exames e aí vamos ver o que a vet vai dizer, o que ela vai receitar para tentarmos baixar a glicemia dele para os níveis aceitáveis. 



Nota da blogueira: Wally  me ajuda muito, muito, muito, muito com o tratamento do Sam. Hoje em dia  ele  que aplica as injeções. Eu ajudo  segurando o Sam, que nem preciso mais segurar tanto assim.  A medição de glicemia fazemos juntos também. Wally é um ótimo pai de gato.  :) 

  

Comentários

  1. é, não tem jeito. qd algo acontece o melhor é tentar equilibrar e todos serem felizes. realmente a gente pensa como os outros aguentam. mas o q vejo é isso mesmo, a pessoa acaba se organizando e adaptando ao que nao pode mudar. q bom q se adaptaram bem ao novo ap. beijos, pedrita

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