Fim de campanha




Domingo finalmente saberemos quem será o novo presidente do Brasil. Finalmente a campanha política vai terminar. Eu não aguento mais esta guerra política que se instaurou na disputa pelo cargo de presidente. Os dois lados ultrapassaram os limites. O que mais me incomodou desta campanha não foram os xingamentos trocados mutualmente entre os candidatos e sim a interferência da Igreja ( em todas suas vertentes!) no processo eleitoral. Achei o fim os candidatos tentando agradar as igrejas de todas as maneiras. Chegando ao cúmulo de negarem suas convicções para não perderem os votos dos fiéis.  Um absurdo! Será que os candidatos esqueceram que vivemos em um país onde o Estado é laico? Ou será que desconhecem o signficado desta palavra? Foi-se o tempo que a Igreja tinha influência nos rumos do governo do nosso país. Mesmo assim vemos os dois candidatos dizendo coisas somente para agradar os líderes religiosos. Lamentável. Um governante tem que pensar no bem de todos seus cidadãos, não pode nunca direcionar suas decisões para agradar alguns em detrimento do bem-estar de todos os outros. Este cuidado dos candidatos para não magoar os eleitores católicos e evangélicos é uma atitude vergonhosa. Me dá a impressão que os eleitores que seguem estas religiões são mais importantes que os demais e que os candidatos serão capazes de deixar de promover alterações na lei que garantam direitos civis dos cidadãos apenas por estes direitos podem ir contra às convicções das igrejas. Os padres e pastores têm todo o direito de dizer aos seus fiéis como eles devem se guiar para escolher um candidato, afinal estão ali para propagar a sua fé e os que freqüentam as igrejas estão dispostos a seguir os mandamentos daquela fé. Mas a orientação religiosa na política tem que parar por aí. Não pode nunca vir na direção contrária, um político não pode guiar seus planos de governo pela  fé em uma religião, nem a sua e nem a dos seus eleitores. Lugar de religião é nos templos e não no Palácio do Planalto. 

Enfim, foi uma campanha política vergonhosa. Vimos a política brasileira retrocecer aos tempos do Brasil colônia, onde os padres metiam o bedelho em tudo.  Espero que seja nosso próximo presidente perceba que é um grande equívoco deixar a religão influenciar em suas decisões como governante.  E que todos votem  com consciência.  Que escolham o seu candidato. Não anulem o voto, não votem em branco.E não deixem de votar.  Boa eleição para todos nós!




Nota da blogueira: Eu sou católica de formação, mas já cansei das ladainhas dos padre há tempos. Prefiro rezar em casa, ter a minha fé particular.




Comentários

  1. Realmente a campanha este ano foi pra lá de patética. Eu nem sei quem começou a dar bola pra religião (numa jogada totalmente desleal), mas entendo que aí os dois tenham passado a jogar assim, pois se um deles insistisse em ser laico, não teria a menor chance de se eleger. Porque infelizmente o povo brasileiro não sabe pensar com a própria cabeça. Pensa com a cabeça do pastor, do padre. Já conheci muita gente assim - na época da vacina da gripe suína vi muita gente abominar a vacina porque o pastor falou que era coisa do diabo. Agora me diz de onde sai um absurdo desses... e se o povo acredita nisso, manipular pra eleger um candidato é moleza.

    Por mim eu pulava essas eleições. Espero que a próxima não seja tão baixa assim. Eu não vou anular nem deixar em branco, mas votarei no meu candidato com muita vergonha de estar fazendo isso.

    Beijos!

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  2. Rê, realmente os dois candidatos fizeram cosias vexatórias. Mas o Serra mesmo enfiando o pé na jaca ainda é melhor que Dilma.

    E eu não me conformo com gente que acredita em tudo que o pastor/padre fala. Pessoas deviam aprender a pensar mais por conta própria.

    Beijo e boa sorte para este nosso páis nestas eleições!

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  3. Olá, boa tarde. Concordo com tudo que vc tão bem escreveu. Eu tinha outra preferência mas o desenho do segundo turno não me permitiu outra escolha senão o Serra que infelizmente perdeu! Resta torcer pra que esses quatro anos passem rápido e com o mínimo de dano possível.

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  4. Oi Má! Agora vamos torcer para que não seja tão ruim como esperamos. Sinceramente espero que eu esteja errada... não quero ver nosso país afundar. Mas só o futuro dirá1

    Beijos

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  5. Eu poderia ter escrito tudo o que você disse. Assino em baixo. Também lamento o resultado das eleições e torço, embora com incredulidade, para que tudo dê certo.
    Beijo grande

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  6. Oi Lord! Quanto tempo! Eu lamentei muito o resultado da eleição. E estou como você, querendo que tudo dê certo, mas sem confiar que isto seja possível. Agora é esperar para ver!

    Beijos

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