Meu nome

Gosto do meu nome. Simples, tradicional e bonito. Em algumas épocas da minha vida já me chateei por ter um nome tão comum. Eu nasci na época que o nome Patrícia  era moda, assim no colégio sempre tinha ao menos umas 6 patrícias na minha classe! Mas esta chateação passava rápido, pois bastava eu ver algum nome estrambólico por aí para agradecer por ter um nome normal. Realmente eu sou agradecida aos meus pais por escolherem este nome para mim.  Gosto de ser Patrícia. Mas ao mesmo tempo, olha a incoerência, não me sinto muito confortável quando alguém me chama de Patrícia. Isso acontece porque na família ninguém me chama pelo meu nome, sempre é Patry ou Pati. Minha mãe ainda me chama por algumas variações como Tricinha ou Patricinha. Meu pai só me chamava de Patry. Quando eu o escutava falando Patrícia, já sabia que algo de errado tinha acontecido. Ele estava bravo comigo. Por isso até hoje me sinto estranha quando pessoas próximas me chamam de Patrícia, acho que estão bravas comigo!  

A gente costuma falar "meu nome", mas o prenome nunca é só nosso. É de domínio público. Por isso vez ou outra acabamos por nos deparar com coisas com nosso nome. Algumas vezes é bom, outras é péssimo. Uma experiência boa  é ter uma cerveja com o meu nome.  Acho bacana ir no restaurante e pedir uma "Patrícia" para tomar. Gosto muito da "minha" cerveza! Uma má experiência é ter o meu nome associado à um tipo de pessoa que nada tem a ver comigo. Quando ouvi pela primeira vez o termo patricinha eu quase surtei. Fiquei revoltada mesmo, com tanto nome por aí tinham que escolher justo o meu? Como a gíria perdurou, eu acabei me costumando e até hoje uso com desenvoltura o termo patricinha. Mas no fim de semana descobri outro mau uso para o meu nome. Mau uso porque não gostei nem da música e muito menos do contexto. Mas no final morri de rir. É a música Patricia The Stripper da banda The Wombats. Nunca tinha ouvido falar na banda, vi no Multishow HD. A Patricia da música é muito mazinha com o rapaz, coitado.  Mas esta música mostra uma das qualidades do meu nome. Meu nome é internacional. Conhecido em boa parte do mundo, muda-se o sotaque, mas todo mundo sabe falar e escrever o meu nome. Num mundo globalizado é muito útil ter um nome internacionalmente conhecido. Falando em sotaques, eu odeio o jeito que meu nome é pronunciado pela língua Inglesa. Fica feio demais. Era a única coisa que não curtia das aulas de Inglês, pois os teachers sempre me chamavam carregando no sotaque! 

Se eu gosto tanto do meu nome, por que aqui não é o "Patrícia e Sua Vida"? Porque eu sou do tempo pré-histório da Internet, da época em que ninguém colocava o nome real na rede, assim adotei o nome Marion naquela época e ele faz parte da minha vida. Muitas pessoas ainda me chamam por Marion. E acho isso bacana! :) 

E vocês, curtem seus nomes?