Quarentena Dia 298 -Quieta No Apê

 



Nada como o Google Maps para  mostrar como eu passei a maior parte de 2020 quieta no meu apartamento. É brutal a queda na atividade de fevereiro em diante. Somente tive vida normal em janeiro e fevereiro, quando até viajei. Agradeço muito por não ter desperdiçado nenhuma chance de sair/viajar no começo de 2020.  Não sei se já tinha alguma intuição do que estaria por vir, mas não deixei que a preguiça me impedisse de viver a vida, coisa bem comum de acontecer no antigo normal. Acho que eu teria ficado bem brava comigo se no começo de 2020 eu tivesse recusado convites por pura preguiça. 

No gráfico azul, há um aumento de atividade em setembro, quando tirei férias. Fiz questão de sair todos os dias de casa. Não queria ficar deprê nas férias, pois em setembro ocorreria a minha viagem cancelada pela pandemia. Assim, prometi que aproveitaria as férias do jeito que desse, sempre respeitando todas as limitações impostas pela pandemia. E deu certo. Wally e eu fizemos passeios sem nos colocar em risco. Conseguimos espairecer e eu evitei ficar toda triste. Foram boas férias apesar de tudo. 

Infelizmente, a maior parte deste ano também terá um review assim, com bem  poucas atividades. Os índices de contaminação de COVID-19 aumentaram muito aqui no estado em dezembro. Foram 68% de casos a mais do que os registrados no mês de novembro.  Parece que o mundo apertou o botão de rewind e voltamos para os meses onde os números estavam mais elevados. Com isso, resolvi adotar medidas de meses atrás, já que estamos revivendo a mesma realidade. 

Ontem eu avisei para Paula e mamãe que não irei almoçar mais com elas aos domingos. Está muito arriscado. Não posso colocar a minha mãe em risco de ser contagiada.  Eu praticamente não saio de casa, mas Wally sai para trabalhar diariamente, convive com várias pessoas no trabalho e ambientes com ar condicionado. Por mais que todos os protocolos sejam seguidos à risca, não podemos negar que ele está exposto a se contaminar. Ele se contamina, eu fico contaminada por tabela. Como a COVID-19 pode ser uma doença silenciosa, decidimos em conjunto que o melhor a fazer era suspender as visitas à minha mãe.  

É uma decisão muito difícil. Complicado ficar longe dela, mas não podemos arriscar. A vacina está tão perto dela agora, não podemos colocar tudo a perder! Ela chegou bem até aqui e quero que continue bem até ser vacinada. Assim, o melhor é ter o máximo de cautela agora para que num futuro próximo a gente possa se visitar muito!

Toda esta situação é cheia de emoções conflitantes. Nunca é uma decisão simples se afastar, como também não é simples decidir ir vê-la. A minha cabeça fica a mil, não importe a decisão tomada. É uma avalanche de argumentos contra e a favor. Mas uma coisa é certa, a decisão de parar com as visitas me trouxe calma. Wally notou isso antes mesmo que eu notasse. Ele me disse que fiquei mais serena depois que comuniquei a decisão à minha mãe.  Isso é uma prova que foi a melhor decisão.

Agora é continuar com o pensamento positivo a full para que o cronograma de vacinação aqui de São Paulo seja seguido apesar das intervenções do desgoverno federal. Tudo correndo bem, no mês que vem ela já toma a primeira dose e em março, ela estará  já imunizada de fato. Aí poderei visitá-la, eu ainda de máscara, claro, mas com o coração em paz! 

Comentários

  1. fez bem, eu continuo a ver o meu pai, mas eu levo tudo, entrego, os dois de máscaras, conversamos um pouco e volto. sempre dá uns 10 minutos, assim é mais seguro. sim, eu tb fico sempre me perguntando. se cuidem. beijos, pedrita

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