Quarentena Dia 279 - Meu Apê, Meu Mundo.

 



Na minha mesa na firma sempre tinha alguma foto minha com Wally e com os gatos.  Era o jeito de tê-los pertinho durante o expediente.  Desde março, fiquei pertinho deles e longe do escritório durante o expediente. Assim, não fazia sentido ter uma foto na mesa de trabalho do meu cantinho do home office.  Isso até há umas duas semanas. 

Agora tenho uma foto minha com Wally  num porta-retrato! Esta foto foi tirada em Fortaleza em 2001, quando fizemos nossa primeira viagem juntos. A foto estava perdida em uma caixa e eu me deparei com ela durante a mega arrumação que fizemos aqui no apê. Esta foto me traz lembranças muito boas e me faz sorrir. Assim, ela me garante boas vibrações durantes estes dias complicados.

Olho para a foto e penso que para poder curtir momentos assim novamente, preciso continuar na linha e ficar firme no meu isolamento social. Não importe quantas fotos de viagens que eu veja amigos publicando na internet, o meu lugar é aqui, quietinha no meu apê, como fiquei a maior parte do ano de 2020. Tá chato, tá cansativo, mas eu não quero acabar internada em um hospital por causa da COVID-19. A situação tá piorando com muita rapidez. 

Hoje eu vi uma imagens do aeroporto de Guarulhos lotado e isso me deu um aperto no coração. Aquelas pessoas todas ali aglomeradas em meio a pandemia! Qual a necessidade de viajar, gente?  Vão pegar o vírus mesmo antes de chegar no destino. O brinde do vôo vai ser uma covid fresquinha para cada passageiro chamar  de sua! 

Depois do Natal terei uma semana de folga. Vou tirar agora os 5 dias de férias que estão pendentes, pois nas férias de setembro voltei a trabalhar antes do meu período de férias terminar.  Mesmo de folga ficarei por aqui. No máximo  vou dar uns rolês de carro com Wally por aí. Não há condições de viajar. Depois de tanto tempo em quarentena não vai ser agora que vou dar mole para o vírus, né? 

O estado de São Paulo vai entrar em fase vermelha de novo, a mais restritiva. Acho necessário, mas achei meio estranho não ser algo contínuo. Assim, com intervalos, não sei se esta regressão de fase vai adiantar muito. O que ia adiantar era a população tomar consciência da gravidade da situação e sossegar em casa. Mas esta esperança eu já nem tenho mais. 

Mesmo exausta da quarentena vou continuar não penso em abandoná-la. E dá-lhe altas doses de paciência e resiliência. 

E como já escrevi aqui um monte de vezes: A PANDEMIA NÃO ACABOU! 

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