Quarentena Dia 253 - A Tristeza

 

Eu sou encantada pela Tristeza desde que assisti ao filme 'Divertidamente' há alguns anos. Eu achava que adoraria a Alegria, mas a achei chata demais. Já a Tristeza tem um charme cativante com seu jeito meio desesperado e um tanto desastrado. Ela tentar resolver as coisas, se atrapalha e provoca confusões. E quando ela se desespera é o auge para mim, não há nada mais fofo do que ela se arrastando no chão de tristeza. Há muita doçura nela e isso me encanta! 

Esta foto eu postei hoje cedo pois estou com esta carinha dela desde que acordei. Wally disse a mesma coisa sem que eu tivesse comentado algo com ele. É uma carinha de 'e agora?'. Aquele momento que a gente se dá conta que, por mais que a gente tente, não tem controle de nada! 

Todo mundo que lê aqui sabe que eu sou a chata da COVID-19, tento seguir tudo à risca e fiz poucas concessões nestes 8 meses de quarentena.  Aí ontem, soube que, semana passada,  tive contato com uma pessoa que testou positivo para COVID-19 em um ambiente com ar condicionado.  Ah, pronto! Me bateu uma agonia, pois isso foi acontecer justo agora que estou indo diariamente visitar a minha mãe. Todas as encucações vieram como uma avalanche na minha cabeça.  Wally teve que me aguentar, ainda bem que ele é paciente. 

Mas eu estou triste, se estou 100% como a Tristeza hoje?  Médio.  Já estive mais triste na quarentena e agora estou meio conformada. Mas bem longe de me considerar alegre. Não dá para esquecer esta realidade trágica que me rodeia. Sempre há uma melancolia e uma grande em preocupação em tudo que eu faço fora de casa. Não consigo relaxar em nenhum momento. Então a tristeza faz parte do meu dia a dia pandêmico. Ela só vai me dar uma folga quando tudo isso acabar. 

Daqui há 6 dias terei certeza que tudo não passou de um susto e  que eu sai bem do meu primeiro encontro oficial com a COVID-19. Pela primeira vez fiquei ciente que corria realmente um risco. Bem tenso isso!