Quarentena Dia 257 - Segura Só Em Casa

 



Ainda não me acostumei com a máscara, mesmo após meses e meses de uso. É sempre esquisito passar por um espelho e dar de cara com uma pessoa mascarada. Impossível sair de maneira natural numa selfie. Sempre saio com cara esquisita, pelo menos parte que aparece dela está esquisita. Geralmente os olhos estão arregalados. Acontece sem que eu perceba. Curioso, estranho e até engraçado. 

Agora o que não é nada engraçado é notar que o desrespeito aos protocolos anti-COVID-19 está aumentando. Sair às ruas está cada vez mais tenso para mim.  Difícil desviar das pessoas sem máscaras, tamanha a quantidade delas!  Vejo uma vindo em minha direção, atravesso a rua e dou de cara com outras 2 sem máscaras! Não tem para onde correr!  Desanimei geral de andar nas ruas, não dá mais nem  para curtir os poucos momentos fora do apê. Quero mais é ficar aqui dentro o maior tempo possível. 

Estou em paz agora, pois ficarei o resto da semana sem colocar o pé na rua. E pretendo alongar estes momentos de isolamento cada vez mais. Enquanto os números de contágio continuarem a aumentar, vou me esforçar para me manter em isolamento.  Não dá para encarar as ruas com tanto descuido e desrespeito das pessoas ao meu redor.  

O combate à pandemia é uma atividade coletiva. Por mais que eu me proteja e esteja de máscara, todo o meu cuidado é jogado fora se me deparo com muitas pessoas nas ruas sem máscara.  A máscara não me protege 100% e nem a ninguém, o que ela faz é reduzir muito as chances de contágio.  A pessoa sem máscara é como um transmissor do vírus funcionando em sua capacidade máxima. A minha máscara vai impedir que boa parte do ar contaminado entre no meu organismo, mas não vai me isolar totalmente do risco de contato com o vírus.   

Então só me resta usar a máscara o tempo do que estou fora de casa e reduzir ao máximo este tempo na rua.  Além disso, tenho que evitar locais com muitas pessoas, sejam locais fechados ou ao ar livre. É a única arma que tenho, me manter isolada das pessoas que não moram comigo. Não é uma coisa agradável, mas não há outro coisa a fazer. Não quero ser contaminada, não quero passar isso para ninguém também e não quero mais passar pelo susto que passei semana passada quando soube que tive contato com uma pessoa que testou positivo para o COVID-19.  Mesmo fazendo tão poucas concessões, como eu fiz até hoje, me coloquei em risco.   

Não dá para arriscar nada. O vírus é uma ameaça invisível e muito poderosa. Ao se colocar em risco, você coloca todos que convivem com você em risco também.  Estamos todos cansados desta rotina de restrições, mas se muita gente continuar ignorando os riscos, vamos demorar muito tempo ainda para retornar à vida normal.  A vacina? Sim, ela está mais perto que nunca, mas o que vai adiantar se muitos morrerem ou ficarem com sequelas severas?  Pense nisso. Se cuide. 


Comentários

  1. eu tenho muita dificuldade de encontrar pessoas ligadas ao trabalho estando de máscaras, enquanto o contato é com familiares e locais como supermercado, banco, está tudo bem. mas se vejo algum conhecido fico muito, mas muito tensa. tb ando incomodada de andar as ruas, mesmo que faça pouco. é muito desrespeito e como se os errados fôssemos nós. tb resolvi me recolher mais ainda. sim, muitos acham q as máscaras impedem totalmente do vírus chegar na gente. reduz, por isso tem q vir com outros cuidados de distanciamento. uma pessoa falou se naõ era melhor esperar a vacina que vai ter em janeiro. incrível como acham que dá para fazer previsões desse tipo. se cuida. beijos, pedrita

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